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deste texto está autorizada desde que a autoria seja preservada e mencionada -
Direitos Reservados: Marcus Martins - PY4SM / PY2DD)
Em todo o mundo existem hoje cerca de 60.000
radioamadores que já operam neste novo e revolucionário modo de transmissão de
dados via Rádio; O RÁDIO-PACOTE. Neste artigo faremos referência aos elementos
que são necessários para operar este interessante "modo de transmissão de
dados". Apesar do grande número de operadores deste
sistema, a maioria dos radioamadores o desconhece por completo! Outros já
leram ou escutaram algo a respeito e imaginam seja necessário dispor de
equipamentos sofisticados e caros, além de acreditar serem necessários
conhecimentos avançados de Eletrônica e Informática. A verdade é que o
Radioamador não só aprenderá muito em matéria de Comunicação Digital, como
também se assombrará com a simplicidade deste modo (ainda mais se já tiver
experiência em operação no modo RTTY).
A grande vantagem do RÁDIO-PACOTE é a possibilidade
de TRANSMISSÃO e RECEPÇÃO de
mensagens absolutamente SEM ERROS!
Não analisaremos, neste artigo, a parte técnica e
teórica do sistema, mas sim o que é necessário (os equipamentos) para
iniciar-se uma operação em PACKET. Comentaremos que graças à presença daquilo
que chamamos de "protocolos", várias estações podem ocupar uma mesma
freqüência sem interferir umas nas outras. Diremos, como introdução, que não é
necessário dispor de um grande orçamento para poder ingressar neste moderno
modo de comunicação.
Hoje, a maioria dos Radioamadores possui um
computador pessoal e assim sendo, este equipamento já não é problema... Mas,
digamos que seja necessário comprá-lo... tampouco estaria aí o problema, pois
existem pequenos computadores cujo custo é bastante baixo. Um outro
equipamento necessário é o TNC (controlador de tempo). Seu custo varia desde
US$ 50 até US$ 500 (os TNC mais baratos operam apenas em PACKET), incluindo o
software para operação em PACKET, RTTY, CW, ASCII, AMTOR, PACTOR e GTOR.
O TNC pode ser encontrado também sob a forma de
"placa" para ser colocada internamente em seu computador.
É o TNC é que se ocupa, através de "protocolos", pela
transmissão e recepção de dados SEM ERROS.
Seu computador se comunica com o TNC e vice-versa.
Tudo é feito através de uma série de instruções contidas no próprio TNC e que
podem ser ajustadas de acordo com os vários softwares adequados para cada uma
das modalidades (PACKET, RTTY, AMTOR, ASCII, CW).
Existem várias marcas de TNC (PK-232, MFJ, KAM), todas de ótima
qualidade, portanto qualquer uma delas poderá ser usada; evidentemente, nosso
conselho é que seja dada preferência à marca que melhor venha atendendo aos
seus mais próximos colegas Radioamadores.
Seguramente que o seu atual equipamento de rádio
funcionará muito bem em PACKET. Não há necessidade de novos equipamentos! Nas
operações em HF o equipamento deve operar em modo LSB. "Jamais opere em modo
USB”. Leia sempre com bastante atenção o ”Manual de instruções“ que acompanha
seu TNC. Normalmente os TNC's são fornecidos com os cabos para conexão ao
Computador e também ao Transceptor. Os conectores podem ser do tipo DB-25 ou
DB-9.
Vamos abordar esta nova faceta do radioamadorismo e
das comunicações... Provavelmente você já leu a respeito em alguma revista,
porém estas publicações ficam muito empenhadas em explicar como funciona e
nenhuma se lembra de explicar o que você deve fazer quando estiver no ar. Para
manter a tradição, apesar de tudo, vamos começar com uma breve explicação
técnica - prometemos não estender muito e também não complicar -. O
rádio-pacote é uma fantástica forma de radioteletipo e requer a utilização de
um microcomputador ou outro tipo de terminal com uma saída serial RS-232, um
transceptor e uma espécie de modem chamado TNC (controlador de nódulo
terminal). O TNC se conecta por um lado ao transceptor e por outro ao
computador. Uma unidade de disco flexível e uma impressora ajudarão, embora
não sejam essenciais. O nome RÁDIO-PACOTE deriva do fato de que cada
transmissão consiste em um pacote de dados que inclui os indicativos de quem
envia e recebe e, eventualmente o de outra estação que o possa retransmitir.
Contém a informação que queremos enviar e alguns códigos para os computadores
que não aparecem na tela (servem para que o TNC saiba que o pacote foi
recebido corretamente pela outra estação).
DIGIPEATER: É um repetidor digital que se utiliza
para retransmitir os Rádio-pacotes. Sua função é parecida com a dos
repetidores de fonia, porém com uma ligeira e importante diferença: transmitem
e recebem na mesma freqüência, embora não simultaneamente. É um repetidor
digital de rádio-pacotes, operando em modo simplex, que armazena os dados em
sua memória e, quando vê que a freqüência esta livre, os retransmite
automaticamente. Além do mais, qualquer TNC
pode atuar como repetidor digital, embora o termo "digipeater" se reserve para
aquelas estações especialmente dedicadas a atuar como tal.
BBS: "Bulletin Board System", um
"correio eletrônico" de mensagens acessível por rádio-pacote e no qual se pode
deixar mensagens para outras pessoas, recolher uma (ou mais) que nos tenham
enviado e obter/baixar programas.
CONNECT / DISCONNECT: Palavras e ordens ou comandos
utilizados no rádio-pacote para iniciar ou terminar um contato com outras
estações.
ACK: Abreviatura de "acknowledgement" (afirmação de
recebimento), nome que recebe um pacote especial que não leva dados, e serve
como indicação para a estação remetente que um pacote de dados foi
corretamente recebido. A estação remetente repetirá uma outra vez os mesmos
pacotes de dados até que receba um ACK da estação destinatária.
NETS: Redes de repetidores digitais e correios
eletrônicos que servem para levar os rádio-pacotes de uma zona para a outra do
país. Mapas de algumas zonas dos USA, Chile e
Venezuela, já cobertos por redes, aparecem em muitos BBS.
Já temos suficientes definições e irão aparecer outros termos técnicos mais
adiante, pois os rádio-pacotes tem sua própria terminologia que iremos
explicando à medida que surjam.
A maior parte dos rádio-pacotes tem lugar na faixa
dos 2 metros. As freqüências utilizadas atualmente pela maioria dos países
(liderados pelos EUA), se encontram no segmento de 144.800KHz a 145.100KHz,
utilizando-se os "canais" impares a cada 20KHz.
Um QSO é uma combinação de satisfação e frustração,
especialmente para os que se iniciam na modalidade. A parte satisfatória é
quando se consegue conectar com êxito estações que estão a centenas de
quilômetros. A parte frustrante é a enorme demora que sucede quando a
freqüência esta saturada de estações. Dessa forma, vários minutos se passam
sem que se veja uma única linha na tela, isto acontece devido aos inúmeros
choques (colisões) de rádio-pacotes simultâneos. Vamos primeiro analisar a
mais satisfatória. As interferências não existem quando estamos conectados,
visto que o TNC só mostra os pacotes que contenham os indicativos das estações
envolvidas no QSO. São escutados outros pacotes que
passam pela freqüência, mas não são visualizados na tela. Isto acontece porque
cada rádio-pacote é uma transmissão digital e assim sendo sobra muito espaço
livre para que outros rádio-pacotes circulem simultaneamente. Desta forma, uma
mesma freqüência pode suportar vários QSO's simultâneos. O TNC ignorará
qualquer pacote que não se enquadre. Parte do código enviado leva um controle
de conteúdo (checksum) que será validado pelo TNC usado na recepção. Se o
pacote foi afetado por uma colisão com outro pacote ou pelo ruído, falhará o
enquadramento com o controle de conteúdo e ele será ignorado.
O outro TNC não responderá (não enviará ACK), ou
então, se os indicativos foram corretamente copiados, enviara um NACK ou
pacote informando que a recepção não foi correta.
Embora não apareça nada na tela, o TNC continua "falando" com a outra estação.
Se o pacote repetido chega corretamente, um ACK será enviado e o pacote
será mostrado na tela. Este sistema faz com que a recepção esteja garantida em
100% sem erros, o que é muito importante para a transmissão de dados,
programas, tráfego de mensagens ou qualquer outra informação.
Qualquer um que tenha tentado decifrar uma transmissão de RTTY,
embaralhada com o QRM, compreenderá o valor de uma recepção perfeitamente
garantida. Outra grande vantagem dos rádio-pacotes é a utilização de correios
eletrônicos de mensagens, os quais não só permitem deixar como recolher
mensagens, como também retransmití-las automaticamente a outros "correios",
embora estes estejam a centenas de quilômetros de distância. É possível
conseguir um DX em 2 metros utilizando os repetidores digitais e
"falar" a centenas de quilômetros através deles,
inclusive ao outro lado do mundo, graças aos "gateways" ou portas de acesso ao
exterior que retransmitem os pacotes de VHF.
Há frustrações também no rádio-pacote. Os mesmos
subsídios que permitem mensagens livres de erros podem se mostrar ineficientes
quando a freqüência esta muito saturada, especialmente quando se tenta enlaces
através de vários repetidores digitais. Pode-se levar vários minutos para
conseguir a retransmissão de um único pacote e receber um ACK.
O TNC se manterá repetindo o mesmo pacote seguidamente até que seja
conseguido o ACK ou se alcance o número máximo de repetições programadas
(RETRY). O uso de repetidores agrava as coisas, pois um
repetidor situado em lugar elevado pode estar escutando diversos pacotes que o
impedem de transmitir, ainda que a freqüência nos pareça livre. Outro problema
são as colisões. Dois pacotes enviados simultaneamente (ou quase) podem
atropelar-se mutuamente e resultarem ambos indecifráveis. Também ambos
voltarão a enviar outra vez, sendo que isto pode ocorrer muitas vezes em uma
freqüência muito saturada. Se você opera em uma grande cidade ou em uma área
com grande atividade de rádio-pacotes, provavelmente se defrontará com esse
problema na freqüência principal de chamada. A saturação
reduz a velocidade de transmissão.
Existem duas causas principais para a saturação:
1) O conflito entre os QSO's de "bate papo" e os que utilizam os BBS. Manter um QSO na mesma freqüência de um "correio eletrônico" de alguém que esta tratando de ler um programa de 12K ou mais, pode chegar a ser impossível. O BBS repete incansavelmente enormes pacotes e não há quem consiga meter um pacote no meio. Por outro lado, numerosos QSO's na mesma freqüência podem reduzir o fluxo para o BBS, fazendo-o repetir muitíssimas vezes. O problema piora nas horas de "rush", mas pode também ser de igual gravidade em outras horas tidas como "livres", pois se programam todos os BBS's para que façam circular as mensagens dirigidas a outros "correios" fora das horas de "rush". A realização de um nódulo principal ou espinha dorsal que enlace os BBS's entre si em outra banda, ajudará a aliviar o congestionamento. Uma forma prática e evitar-se a leitura de arquivos longos durante as horas de "rush".
2) Para os enlaces a longa distancia, não ha
alternativa para a freqüência principal de chamada, pois a maioria dos OM tem
os seus TNC atuando de repetidores digitais nessa freqüência. E dizer, que só
na freqüência principal se podem encontrar os repetidores necessários para
alcançar lugares mais remotos.
Se você opera distante de uma área pacoteira, pode
confrontar-se com problema oposto: ninguém com quem conectar. Especialmente se
esta limitado ao VHF, será obrigado a utilizar repetidores digitais ou
estações próximas para poder chegar a alguém. Se existe pouca atividade na sua
área, será necessário convencer a um amigo para que compre também um TNC.
E, enquanto os dois se conectam, sempre haverá um curioso, interessado
por saber o que se passa, e que não poderá resistir a tentação.
O desconhecimento da forma de operação pode gerar
muita frustração e, desgraçadamente, para os que tratam de aprender "como
operar", existem poucas fontes de informação sobre a forma de operar, em
nossas revistas nacionais. Espero que este artigo elimine a ultima parte do
problema e ajude na primeira.
O mais importante para operar devidamente e conhecer
antes de tentar conectar. É importante conhecer devidamente todos os
parâmetros que determinam o que se envia e como aparece na tela. Isto requer
que se aprenda uma nova linguagem, como se começasse outra vez a descobrir o
radioamadorismo. Primeiro é fundamental, antes de mais nada e especialmente
antes de colocar a estação no ar, fixar o parâmetro MYCALL que deve conter o
indicativo identificador cada pacote em cada transmissão. A forma abreviada MY
(seguida do indicativo) <return>, e o que se deve teclar.
ACK e FRACK: Enquanto que a maioria dos parâmetros
estão em Inglês corrente (Connect, MYcall, etc.) existem alguns que são pura
gíria. Já foi explicado o significado de ACK, mas é necessário saber também o
que são FRACK, DWAIT, PACLEN e MAXFRAME.
FRACK indica o numero de segundos que um TNC deve
esperar um ACK antes de começar a repetir um pacote. Se
começa a repeti-los demasiadamente cedo, e muito provável que colida o ACK com
sua própria repetição, especialmente quando se utiliza um repetidor.
A maioria dos TNC's vem com o FRACK ajustado para 3 ou 4, mas sugerimos
que o valor ideal seja setado em acordo com os demais integrantes da Rede.
DWAIT e o tempo que a freqüência deve estar livre
antes que o TNC envie um pacote. Cada unidade vale 10
milissegundos e geralmente vem setado de fábrica em torno de oito. Como o
FRACK, também este valor deve ser ajustado de comum acordo com os demais
operadores da Rede.
PACLEN determina o tamanho de cada pacote e pode ter
um valor entre um e 256. Meu TNC esta ajustado para um valor de 128, o que
significa que cada pacote contém 128 caracteres de dados. A medida que se
tecla, cada vez que sobrepassar estes 128 caracteres, o TNC envia
automaticamente um pacote de mensagem. Se o texto termina sem haver alcançado
os 128 caracteres, tecla-se <return> e o escrito será "empacotado" e enviado
ao seu destino. O valor 128 é bom para operação em VHF, porém em casos de
grande congestionamento na freqüência, e melhor reduzir o PACLEN para 64 ou 40
caracteres. Em uma freqüência muito saturada, se tem mais probabilidade de
intercalar um pacote curto que um maior. Em HF,
dificilmente suportar-se-á PACLEN superior a 64.
MAXFRAME trabalha em combinação com PACLEN, para
determinar quantos pacotes podem ser enviados, sem esperar um ACK. Um numero
de 4 significara que o TNC enviara 4 pacotes (frames) e continuara enviando-os
ate que receba um ACK, antes de enviar 4 novos pacotes. Isto não afetará o
ritmo do teclado. O texto escrito estará esperando no "deposito" (buffer) e
será enviado no seu devido tempo. A regra de ouro e que
quando as coisas comecem a ir mal, reduza-se todos os valores dos parâmetros.
RETRY também e igualmente importante.
Quando estamos conectados com alguém, o TNC envia um mesmo pacote uma e
outra vez, ate que receba um ACK ou o haja repetido um numero RETRY de vezes.
Quando se alcança este numero de vezes a conexão se desfaz.
O parâmetro RETRY pode fixar-se entre 0 e 15. Quanto mais congestionada
a área, maior terá de ser este numero. A exceção e o zero,
quando as repetições não terão limite, até que se consiga um ACK ou se o
detenha manualmente.
Outros parâmetros, que só afetam os sinais recebidos,
podem ser muito úteis. Os nomes variam de TNC para TNC, mas guardam certa
relação de semelhança entre seus comandos. Nos TNC's
da Kantronics, temos os comandos MONITOR, MCON, MCOM, etc., que gerenciam a
forma de apresentação dos pacotes na tela: OFF, nada se vê na tela além do
texto da estação conectada. Uma rápida leitura do manual do usuário se torna
necessária. Com os parâmetros de monitor "abertos", a tela mostrara todas as
estações envolvidas no sistema e os pacotes sendo trocados.
Se você escuta pacotes, mas estes não aparecem em sua
tela, ajuste o volume de áudio. O volume deve ser somente o necessário para
decodificar e acender de forma estável o LED no TNC. Se
estiver demasiadamente alto, poderá distorcer os sinais. O
volume de transmissão deve ser o mínimo possível que seja decodificado por
outras estações. Se esta alto demais, aumentara a excursão da FM, de forma que
a transmissão excederá a largura de banda do filtro de x-tal dos demais
receptores e o tom alto se debilitara na recepção e não será bem decodificado.
Se observar que ninguém recebe bem seus pacotes, abaixe o ganho de
microfone ou o nível de saída de áudio do TNC.
A transmissão de pacotes é diferente de todos os
demais sistemas. É desconcertante para o iniciante o fato de não ter controle
manual do PTT. À medida que se alcança o numero de caracteres especificados no
PACLEN, um pacote e transmitido automaticamente. Todavia,
um pacote menor pode ser emitido por intermédio do RETURN.
E a estação retorna automaticamente a recepção tão logo haja enviado o pacote.
A transmissão pode ocorrer periodicamente e sem que se veja algo na tela.
Provavelmente uma das três coisas estará acontecendo: (1) Repetição de pacote
que se havia enviado por falta de ACK. (2) O TNC envia um
ACK ou NACK (não recebido) em resposta a um pacote recebido.
(3) Outra estação esta utilizando a sua como repetidor.
Cada TNC pode funcionar em três modalidades: COMAND,
CONVERS e TRANSPARENT.
COMAND (cmd:): O TNC inicializa sempre em modo "cmd",
o que significa que esta pronto para que se indique o que deve fazer e que
tudo teclado será interpretado como ordem (comando). Não
envia nada ao ar. O que se vê na tela depende de outra serie de parâmetros.
Para se ver todos os pacotes que circulam devemos ativar os comandos MONITOR,
MALL, MCON, etc. (Veja o manual do TNC). Quando conectado por outra estação o
TNC passa ao modo CONVERS automaticamente.
CONVERS: Neste modo qualquer coisa teclada e enviada
como texto ASCII que aparecerá na tela da outra estação, após o registro da
seguinte mensagem de conexão:*** CONNECTED TO PY4DA (por exemplo). Para
desconectar, passamos primeiramente ao modo comando (cmd:), normalmente por
intermédio do CTRL C, embora este caractere possa ser trocado quando se
queira. Ao sinal "cmd” entramos o comando DISCONNECT e se iniciara o processo
de desconexão.
O terceiro modo é o TRANSPARENT que permite
transmitir e receber dados sem que o TNC os interprete como caracteres ASCII.
Desta forma fazem-se a troca de programas em BASIC e binário que podem levar
comandos internos sem que o TNC os interprete como tal. A forma para
desconectar uma conexão em modo transparente varia de TNC para TNC (Consulte o
manual de operação).
C PY4SM VIA PY4SM-6
- se necessário um segundo repetidor, então
seria: C PY4SM VIA PY4SM-6, PY4BL-2.
O que são esses números após os indicativos!?
São conhecidos como extensões dos indicativos ou SSID (Secondary
Station IDentifier). Como não e admissível ter duas
estações com o mesmo indicativo operando simultaneamente (os pacotes seriam
reconhecidos por ambos os TNC's), foram idealizadas estas extensões para
diferenciar estações operando com o mesmo indicativo de chamada.
As extensões vão de 1 ate 15.
Infelizmente, não existe um acordo referente a estes
números. Unicamente se esta de acordo que a extensão 0 (ou nula) seja para a
estação principal operada manualmente. Todavia, não existe
uma regra geral. E intenção que as estações repetidoras
levem todas o -1, os Gateways -2, os PBBS -3 e os Nodes -4
(referimo-nos aos TNC's da Kantronics). Com entrada de
"NETS" em operação novo acordo seria firmado entre os grupos de pacoteiros.
Cuidado ao tentar conectar com uma estação que só
atua como repetidor, já que nenhuma mensagem será enviada de volta.Uma grande
vantagem do rádio-pacote é não ser necessário passar os indicativos, pois
todos os pacotes os levam incorporados.
Cuidado ao tentar conectar com uma estação que só
atua como repetidor, já que nenhuma mensagem será enviada de volta.Uma grande
vantagem do rádio-pacote é não ser necessário passar os indicativos, pois
todos os pacotes os levam incorporados. Por isso é
prioritário a entrada correta do cmd: MYcall, visto que será o identificador
geral. A utilização do BEACON, utilizado quando existem poucas estações no ar
e se tenta dar conhecimento da nossa presença, e setado pelo cmd.: Beacon n (n
= 300 segundos cada unidade). Atualmente, com várias estações operando, o uso
do BEACON mais atrapalha que outra coisa, sobrecarregando muito a freqüência.
A regra geral é : NÃO DEIXAR O BEACON NO AR
TÃO LOGO SE FAÇA A CONEXÃO.
Outra coisa desagradável é se contestar um CQ e
deparar-se com a resposta automática: "Não me encontro no momento". Então,
porque chama CQ? A versão nova do soft dos TNC's da Kantronics minimiza esta
situação de descaso do Sysop, com a possibilidade de transferência do QSO para
o PBBS do TNC. A mensagem acima citada é registrada através do comando CTEXT e
é enviada automaticamente como primeiro pacote. Esta
mensagem é controlada pelo comando CMSG (veja o manual do TNC). De toda forma
é recomendável não abusar deste tipo de mensagem e utilizá-la somente quando
não estiver presente no QTH e evitar envolver em QSO estação sem sysop. Se
presente no shack, mantenha-o desativado.
Quando estiver "falando" com alguém, não se deve
simplesmente desconectar o TNC e o radio, a revelia da outra estação. Esta
continuara conectada visto que não foi avisada do ocorrido. Para terminar
corretamente um QSO e preciso uma desconexão (DISCONNECT). Volta-se ao modo
comando com CTRL C seguido da letra D (abreviatura de DISCONNECT. Para que a
desconexão seja completada, o pacote de desconexão deve ter sido recebido pela
outra estação e, confirmado o recebimento, o TNC envia a mensagem ***
DISCONNECTED).
A maioria das pessoas não sabe que uma das grandes
vantagens do rádio-pacote é que é prescindível a presença física do sysop na
estação para conectar e receber mensagens. Muitos
operadores deixam permanentemente ligado o TNC. Se não
estão presentes, o deixam em modo automático (CMSG ON) e receberão mensagens
dirigidas a sua estação. Basta deixar uma mensagem em CTEXT que diga, por
exemplo: "Não estou em casa; por favor, deixe a sua mensagem”.
O FCC ("Dentel" americano) considera isso
absolutamente legal. Vejamos como fazê-lo exatamente: primeiro assegure-se de
que se encontra em modo comando. Coloque os comandos de monitor OFF. Sempre
que o parâmetro CONOK (permite conexões) estiver ativado (ON), o TNC permitirá
conexões, embora o modo Monitor esteja desativado. Portanto, somente as
mensagens dirigidas ao seu indicativo aparecerão na tela ou na impressora.
Mais tarde observe a tela ou o buffer do seu terminal ou computador para
retirar as mensagens ali registradas. Este sistema é perfeito se deixado
permanentemente conectado a estação. Para os que pretendam fazê-lo, melhor
seria a utilização de TNC's que contenham em seu interior buffer de
armazenamento de mensagens ou então, a utilização de programas mais complexos
de BBS's, como o RLI, MBL, etc. Estes, no entanto, merecerão artigo futuro,
dedicado e mais completo.
(All rights reserved - PY4SM
Marcus Martins)
Como todos podemos preservar / colaborar
com as REDES DE PACKET
(All rights reserved - PY4SM
Marcus)
Agradecemos a valiosa colaboração recebida de
vários colegas dos seguintes países: Alemanha, Chile, Bolívia, Uruguai,
Espanha, França, Argentina, USA, Paraguai, Nova Zelândia e de colegas
Brasileiros dos estados de MG, RJ, SP, PR, SC, RS, DF e CE além da NASA e
AMSAT, sem as quais não seria possível a
realização deste trabalho.
Apresentaremos a seguir uma série de observações visando mostrar para todos as melhores maneiras de comportamento quando da prática do PACKET-RADIO!
Chamamos a sua atenção pois são comentários muito
importantes para o radioamador e estão baseados em artigos já publicados e
decisões emanadas de acordos e assembléias internacionais além de comentários
e considerações de SYSOPS e USUÁRIOS espalhados por todo o mundo. A mais
importante realização do radioamadorismo moderno foi, sem dúvida, a criação
das REDES INTERNACIONAIS DE PACKET-RADIO. Funcionando ininterruptamente dia e
noite, tem a seu cargo a enorme responsabilidade pela distribuição e
circulação das diversas mensagens através dos cinco continentes.
Sua implantação inicialmente desordenada provocou
sérios e lamentáveis problemas, grandes desencantos, inúmeros afastamentos,
posicionamentos contraditórios das autoridades, proibições descabidas, etc.
Felizmente, depois de muito trabalho com várias campanhas educativas,
solicitações de colaboração, mensagens de conscientização, etc...consideramos
ter avançado significativamente.
Hoje, nossas REDES DE PACKET estão perfeitamente
ordenadas e seu valor é reconhecido/respeitado por todos; usuários,
instituições particulares e de governo, autoridades mundiais, entre outras.
Resulta que os responsáveis pela manutenção das REDES -os sysops-
e todos os usuários, tiveram aumentada a sua responsabilidade na
utilização das freqüências e serviços prestados pelas estações BBS.
É sabido que o PACKET em "HF" sofre muitas
interferências que dificultam o sucesso das conexões. Há quem diga -(e é um
número cada dia maior)-que o PACKET é um sistema para ser utilizado somente
nas faixas de VHF/UHF!... São várias as causas dessas interferências -que se
transformam nos principais responsáveis pela queda de performance nas
comunicações digitais em "HF"- dentre
elas podemos mencionar as freqüências congestionadas, as condições de
propagação, as famosas zonas de silêncio, estações fora de freqüência,
equipamentos com VFO instável, etc e etc.
É imprescindível, é primordial que trabalhemos com
freqüências mais livres, principalmente aquelas utilizadas pelas Redes
Internacionais de Packet. Com as freqüências menos congestionadas torna-se
"possível" receber e enviar mensagens, fazendo fluir satisfatoriamente o
tráfego internacional.
As estações que compõem a
REDE se vêem obrigadas a operar com horários fixos e
predeterminados (para chamarem umas às outras), numa
tentativa de melhor compartilhar a utilização da freqüência evitando os
congestionamentos. Buscam, também, manter em contato somente as estações que
se "enxergam", minimizando o efeito
"zona de silêncio" e maximizando o desempenho de cada
conexão.
O tráfego deve fluir de maneira rápida!
A REDE deve estar estruturada para receber uma mensagem através de
qualquer uma das suas estações e colocá-la em seu destino,
no máximo, 24 horas depois. Já conseguimos este desempenho!
É para mantê-lo que necessitamos e pedimos a
colaboração de todos!...
Sabemos que todos desejam ajudar, contribuir,
participar... mas a dificuldade estava em saber como
fazê-lo corretamente. Na verdade, você pode colaborar de muitas maneiras!
Vejamos algumas:
1) Se existir em sua cidade/região
uma estação "BBS's" a sua participação poderá ser bastante efetiva.
Veja como:
1.1) NODE - A posição geográfica/topográfica de sua
estação pode ser um fator importante; torne-se um NODE para possibilitar o
acesso de outras estações ao BBS;
Atenção: Os NODES, em todo mundo, se transformaram no principal instrumento de crescimento, união, participação e comprometimento, responsáveis pelo grande desenvolvimento das redes de PACKET-RADIO.
É importante observar: somente deverá ser NODE a
estação que se encontrar em ponto geográfico destacado permitindo ser
"escutada" (com bom sinal) por todos os usuários da freqüência.
1.2) DIGIPEATER - Ative o seu DIGI
e permita que sua estação seja utilizada como repetidora;
- Instrua seus usuários para que JAMAIS utilizem o
DIGI para retransmitir o BEACON de suas estações, ocupando e congestionando a
freqüência, principalmente se nesta freqüência existir um NODE ou BBS ou mesmo
um GATEWAY.
1.3) GATEWAY - Libere o GATEWAY
para que estações de HF que não tenham acesso a nenhum BBS, possam
acessar o de sua cidade.
1.4) Em qualquer dos casos acima, faça
contato com o SYSOP
do BBS e informe-o da sua disponibilidade/intenção
de se engajar neste radioamadorismo
moderno e participativo, acertando com ele os horários e
freqüências mais aconselháveis. Seu engajamento será
informado e comemorado por todos da rede.
MANTENHA SEMPRE CONTATO COM O SYSOP DO BBS E
ACERTE, COM ELE, OS DETALHES PARA QUE SUA PARTICIPAÇÃO POSSA AJUDAR A TODOS,
EM BENEFICIO DAS REDES...
ELAS DEVEM
SER O PRINCIPAL MOTIVO DE NOSSA PREOCUPAÇÃO.
AFINAL ELAS SERVEM AOS USUÁRIOS... E TODOS DEVEMOS
AJUDAR!
1.5) IMPORTANTE: Caso você tenha acesso a
softwares/informações, poderá compartilhá-los com todos os colegas,
fazendo-os circular pela rede através do "BBS" de sua cidade.
1.6) Ao enviar softwares/informações/mensagens/artigos
tenha o cuidado de fazê-lo em tamanhos, NUNCA
superiores, a 5Kb (tamanho ideal é 4Kb).
Em caso de dúvida consulte o SYSOP e receberá todas
as informações/instruções de como proceder.
2) A implantação de novos BBS's é sempre uma decisão
muito importante e deve, obrigatoriamente, passar por uma análise bastante
criteriosa onde diversos aspectos deverão ser considerados. Dentre eles, sem
dúvida, o mais determinante é o número de usuários. Diferente dos BBS's
telefônicos, onde apenas um canal (linha telefônica) atende um grande número
de usuários (um de cada vez) -causando dificuldades de acesso devido …
ocupação deste único canal- os BBS de
PACKET-RADIO oferecem vários canais para acesso, eliminando assim o incomodo
da tentativa mal sucedida de conexão pois sempre há um canal livre permitindo
o acesso.
Nos países do primeiro mundo (USA, EUROPA e JAPÃO),
foi adotada como referência pelas REDES uma média mínima diária de 110
usuários por BBS (em VHF). Esta medida vem sendo observada com total sucesso
para as implantações de novos BBS's. As grandes REDES DE PACKET,
passaram a utilizar este parâmetro, se reestruturaram, incentivaram a
implantação de diversos NODES e assim otimizaram sua performance promovendo a
união de seus países e continentes de Norte a Sul.
A IMPLANTAÇÃO DE UM NOVO BBS DEVE SER UMA DECISÃO
AMPLAMENTE DISCUTIDA E ANALISADA, SEMPRE LEVANDO EM
CONSIDERAÇÃO A MÉDIA DIÁRIA DEFINIDA PELAS REDES
INTERNACIONAIS. ESTE CUIDADO VISA O BENEFÍCIO DE TODOS OS USUÁRIOS. ALGUNS
RADIOAMADORES, MENOS AVISADOS, COLOCAM SUAS ESTAÇÕES NA FREQÜÊNCIA
DO BBS COM BEACONS, ID'S E OUTROS
SINALIZADORES ATIVADOS. ESTA É UMA PRÁTICA CONDENÁVEL POIS
PREJUDICA A TODOS OS USUÁRIOS DO PACKET.
A FREQÜÊNCIA DE UM
BBS DEVE SER RESPEITADA. AFINAL A BANDA É BASTANTE
EXTENSA E OUTRAS FREQÜÊNCIAS PODEM SER
USADAS PELAS ESTAÇÕES QUE DESEJAREM OCUPAR O CANAL PARA,
POR EXEMPLO, TRANSFERIR UM ARQUIVO PARA OUTRA ESTAÇÃO,
BATER UM LONGO PAPO OU OFERECER QUALQUER SERVIÇO.
3) Se você tem
acesso em "V H F" a alguma estação BBS,
EVITE conectar-se com estações BBS em
"H F" !
4) Nas faixas de
"HF", EVITE utilizar a freqüência ocupada por
REDE de PACKET - (EVITE usar inclusive suas laterais).
5) Alguns BBS liberam a porta de
"H F" para aqueles usuários que operam em regiões mais afastadas e que ainda
não têm acesso a nenhum BBS através do "VHF". (Se este é seu caso, solicite ao
Sysop a sua liberação).
6) As mensagens PESSOAIS SEMPRE circularão com
tratamento especial através da REDE. Elas, mais que os boletins/mensagens de
caráter geral, poderão conter noticias/informações
urgentes/importantes ou inadiáveis para os usuários.
7) Ao conectar-se com uma estação BBS, observe os
seguintes cuidados:
7.1) Informe seus dados corretamente; Obs.: Ao
informar o seu HOME-BBS faça-o com muita atenção. Não informe prefixo de
estação "BBS" distante ou que seja de difícil acesso. Lembre-se que
você "nunca deverá" informar prefixo de estação PBBS.
7.2) Capture o HELP do BBS para um
disquete ou para a impressora, estude-o calmamente. Você poderá conhecer
melhor os serviços prestados pelo BBS.
Isto lhe permitirá usá-los mais corretamente além de evitar
a necessidade de chamar o HELP a cada nova conexão;
7.3) Utilize os serviços do BBS com CALMA e ATENÇÃO;
7.4) NUNCA pressione ENTER antes do BBS solicitar;
7.5) Leia com atenção (uma de cada vez) as
mensagens de seu interesse. Obs.: Ao ler mais de uma mensagem
SEMPRE dê um espaço de alguns segundos entre a leitura de uma próxima;
7.6) LEMBRE-SE: a utilização disciplinada é
importante para todos.
7.7) Em caso de dúvida consulte o HELP.
Se necessitar de outras informações, deixe mensagem (ao SYSOP) com suas
perguntas ou comentários.
7.8) SEMPRE contribua com
artigos/mensagens/softwares.
8) Outro cuidado que devemos tomar é o de endereçar
corretamente as mensagens que enviamos. Temos observado que um grande número
de mensagens é colocado nos BBS's de forma equivocada (com
endereçamento incorreto). Estas mensagens acabam circulando indevidamente por
regiões que nada tem a ver com seu conteúdo... Por exemplo:
várias vezes nos deparamos com mensagens do tipo:
SB ALL@LATNET com o titulo:
VENDO RÁDIOS
Quando vamos ler
tal mensagem verificamos que se trata de um colega do NORTE da
AMÉRICA... é claro que esta mensagem foi colocada pelo
colega com o endereçamento completamente errado! Assim
chamamos a sua atenção para este fato muito comum; antes de colocar qualquer
mensagem num BBS, devemos ter claro o seu
destino, sua característica e o seu conteúdo, afinal
é o usuário quem endereça suas mensagens.
É importante usar corretamente as REDES das regiões
para onde desejamos enviar nossas mensagens. Podemos usar, por exemplo:
SB ALL@BRANET ou
SB ALL@MGNET ou
SB ALL@SPNET ou
SB ALL@RIONET ou
SB ALL@OANET ou
SB ALL@LUNET , etc.
Usando corretamente a mensagem ficará restrita à
circulação numa área específica de seu interesse: (alguns exemplos)
BRANET = TERRITÓRIO BRASILEIRO
MGNET = ESTADO DE MINAS GERAIS
SPNET = ESTADO DE SÃO PAULO
RIONET = ESTADO DO RIO DE JANEIRO
LUNET = TERRITÓRIO ARGENTINO
LATNET = AMÉRICA LATINA
OANET = TERRITÓRIO DO PERU
ATENÇÃO : COLABORE PARA QUE A FREQÜÊNCIA DO BBS SEJA USADA COM CRITÉRIO, RESPEITO E ÉTICA.
RESPEITE SEUS
COLEGAS E EVITE USÁ-LA INADEQUADAMENTE.