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  • Nasa observa o maior buraco na camada de Ozônio
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    Washington - Um satélite de monitoramento da Nasa detectou sobre a Antártida o maior buraco na camada de ozônio já observado, com uma extensão de 28,3 milhões de quilômetros quadrados - mais de três vezes o território brasileiro. O anúncio, feito hoje por cientistas da agência espacial norte-americana, indica que gases nocivos à camada de ozônio emitidos anos atrás só agora estão causando seus maiores danos.

    Em imagem captada pelos instrumentos a bordo do satélite Toms-EP (Total Ozone Mapping Spectrometer-Earth Probe), o buraco aparece como uma mancha azul gigante, cobrindo completamente a Antártida e chegando até o Cabo Horn, no extremo sul da América. Até agora, o maior buraco na camada de ozônio sobre o Pólo Sul havia sido registrado em 1998, quando chegou a 27,2 milhões de quilômetros quadrados, de acordo com a Nasa.

    O buraco recorde pode ter sido causado por uma mudança em uma corrente de ar em espiral sobre a Antártida - uma espécie de "jet stream" polar que circula a área e contém o buraco de ozônio. Este ano, a extensão dessa corrente de ar chegou mais ao norte do que o normal.

    Variação

    O técnico Paul Newman, que trabalha com o espectrômetro especial do Toms-EP, disse que especialistas já esperavam encontrar um buraco maior este ano, mas não tão grande. "Sempre prevemos uma certa variação de ano para ano, mas o buraco este ano começou mais cedo que o normal e é consideravelmente maior do que esperávamos", disse Newman. Observado pela primeira vez em 1985, o buraco sobre os céus da Antártida é causado pela destruição da camada protetora de ozônio da Terra por gases conhecidos como CFCs (clorofluorcarbonos), produzidos pelo homem. Apesar de terem sido proibidos a partir de 1987, os CFCs permanecem na atmosfera - e devem ficar lá ainda por muitos anos segundo Newman. "O pico de vulnerabilidade não ocorreu logo após a proibição dos CFCs, explica o técnico. Isso ocorre depois de uns 15 ou 20 anos. A partir daí, continua, a situação retornará ao normal, muito lentamente. Seremos pessoas muito velhas quando esse buraco de ozônio realmente desaparecer."


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    Cresce a nossa preocupação!

    São muitos os motivos de nossa preocupação e dentre eles não podemos desconsiderar o fato de que devido a fotossintese,(desencadeada com a quebra da molécula de água liberando o elemento Oxigênio que "sobrevive aproximadamente" por apenas um micro segundo), certamente encontraremos em nossa flora algumas espécies que produzam Ozônio, tendo em vista que o elemento Oxigênio reage com outro átomo formando o Gás Oxigênio (O2) e em seguida vai reagir com este mesmo gás formando assim o Gás Ozônio(O3); portanto o Ozônio sempre esteve presente na respiração dos seres vivos e é um excelente bactericida, germicida e anti-viral.

    Outro fato importante em relação a flora, é a retenção pelos compostos orgânicos e consumo d'água através da transpiração e respiração. Este fato não está sendo levado em consideração pelo avanço dos oceanos sobre os continentes. Portanto, com a elevação da temperatura do Planeta estamos destruindo a flora e consequentemente invadindo os continentes com água.

    É preciso avaliar/considerar que em um ano são envolvidos 204Bilhões de m³ d'água, decompondo 102Bilhões de m³ d'água, correspondendo a um lençol d'água de 204Km (15,9 vezes o diâmetro do Planeta Terra ou 5 voltas) de comprimento por 1 Km de largura por 1m de altura, para fixar 72 bilhões de toneladas de Carbono em compostos orgânicos.

    Ao desconsiderarmos estes fatos, estaremos sendo, no mínimo, irresponsáveis!

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    A Camada de Ozônio (O3)

    A Camada de Ozônio é uma região da atmosfera terrestre, em torno de 25 a 30 km de altura, onde a concentração do gás Ozônio é maior. A Camada de Ozônio que foi formada por fotodissociação do gás Oxigênio (destruição da flora com mais consumo de Oxigênio=menos Oxigênio=menos Camada de Ozônio que é=a menos possibilidade de vida) conforme a teoria Fotoquímica de Sydnei Chapman de 1940, tem importância fundamental para a vida no planeta Terra. É ela que absorve a radiação UV-B do Sol, e assim não permite que esta radiação, prejudicial à vida, chegue até a superfície da Terra. Radiação em geral é a energia que vem do Sol. Esta energia é distribuída em vários comprimentos de onda: desde o infra-vermelho até o ultra-violeta (UV), passando pelo visível, onde a energia é máxima.

    Na parte do UV, existe o UV-C, que é totalmente absorvido na atmosfera terrestre; o UV-A, que não é absorvido pela atmosfera; e o UV-B, que é absorvido pela Camada de Ozônio, sendo esta um filtro a favor da vida. Sem ela, os raios ultra-violeta aniquilariam todas as formas de vida no planeta.

    A camada de Ozônio está diminuindo, numa taxa média anual, que totaliza em 4% por década desde 1964, e já está reduzida em 15%, desde o início da observação. Em 1977, cientistas britânicos detectaram pela primeira vez a existência de um buraco na camada sobre a Antártida, atingindo em 03/09/2000 a medida de 28,3 milhões de quilômetros quadrados, ou seja, mais de 3 vezes o tamanho do Brasil. Desde 1977, têm se acumulado registros de que a camada está se tornando mais fina em várias partes do mundo, especialmente nas regiões próximas do Pólo Sul, e recentemente, do Pólo Norte. A destruição da Camada de Ozônio começou a se agravar nos anos 30, quando algumas substâncias foram produzidas artificialmente em laboratório, principalmente para as aplicações em refrigeração, sendo estas substâncias traficadas em alguns países onde é proibido a fabricação de parte delas. O Ozônio da estratosfera no norte da Europa sofreu uma perda recorde de 60% no último inverno do Hemisfério Norte, e sua quantidade total de Ozônio continua diminuindo, revela um estudo científico de vários países.

    A radiação UV-B é responsável por inúmeras seqüelas nos seres vivos. Essa radiação causa 1.200.000 novos casos, e mata 12 mil pessoas de câncer de pele por ano apenas nos Estados Unidos. O câncer de pele é a doença mais mencionada pelos médicos. Mas tem efeitos indesejáveis também na visão, onde pode produzir catarata e enfraquecimento da visão, tem influência negativa no DNA das células, diminuindo as defesas naturais do organismo, que o diga as pessoas que sofrem com o Herpes, pois todos nós devemos evitar o Sol das 10 as 16 horas, inclusive nos dias nublados, em forma parcial ou variável, pois pouco reduzem a exposição ao UV, sendo que há pessoas, que costumam ter febre após tomarem Sol em excesso. Sendo a pele muito branca, a mais sensível e a pele negra, a menos sensível.

    Nas próximas décadas mais Ozônio vai ser destruído, e o UV-B vai aumentar. Em 1992, foram registrados casos de peixes, ovelhas e coelhos cegos no sul do Chile. Médicos da região têm também relatado uma ocorrência anormal de pessoas com alergias e problemas de pele e visão. Uma grande área do sul do Chile entrou em estado de alerta em 09/10/2000, depois dos moradores terem sido expostos a doses violentas desses raios. Autoridades de saúde alertaram os 120 mil residentes de Punta Arenas a não se exporem ao Sol. Esta situação pode vir a se repetir, atingindo, além do Chile, Argentina, África do Sul, Austrália e Nova Zelândia. O Hemisfério Norte também é atingido. Os Estados Unidos, a maior parte da Europa, o norte da China e o Japão já perderam 6% da proteção pelo ozônio.  

    O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) calcula que para cada 1% de perda de Ozônio cause 50 mil novos casos de câncer de pele e 100 mil novos casos de cegueira, causada por catarata, em todo o mundo. Por isto é importante que todos tomem mais cuidado. É uma questão de saúde. Quem abusar vai sofrer as conseqüências. Sem a Camada de Ozônio as queimaduras solares se tornam 50 vezes mais forte. Em algumas regiões, já foram detectados níveis de raios UV-B cinco vezes mais altos do que o normal. As conseqüências dessa radiação excessiva são tremendas, as mencionadas anteriormente e redução da biodiversidade, onde encontramos a vida marinha seriamente ameaçada, especialmente o plankton (plantas e animais microscópicos) que vive na superfície do mar. Esses organismos minúsculos estão na base da cadeia alimentar marinha e absorvem mais da metade das emissões de dióxido de carbono (CO2) do planeta.

    Os Raios Ultra-violeta emitidos pelo sol são dotados de enorme quantidade de energia e se não forem barrados na atmosfera podem causar a morte dos organismos vivos. Os seres humanos não são os únicos atingidos pelos raios ultra-violeta. Todas as formas de vida, inclusive plantas, podem ser debilitadas. Entre as medidas preventivas e educacionais adotadas nos Estados Unidos inclui-se a criação, em 1994, da previsão do Índice de Ultravioleta (IUV), distribuído, em nível nacional, à imprensa daquele país. Posteriormente, os países do continente europeu, o Canadá e a Austrália aderiram à divulgação do IUV, e agora também o Brasil.

    Diversas substâncias químicas destróem o Ozônio quando reagem com ele. A lista negra dos produtos danosos à camada de Ozônio inclui os óxidos nítricos e nitrosos expelidos pelos exaustores dos veículos e o CO2 produzido pela queima de combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo. As grandes inimigas da Camada de Ozônio são substâncias, sintetizadas em laboratório, como as moléculas de cloro e de bromo lançadas na atmosfera em decorrência de produtos e tecnologias industriais. As principais dessas substâncias são os CFCs (clorofluor- carbonos), HCFCs (hidroclorofluorcarbonos) e brometo de metila - presentes em ampla gama de produtos, gases para refrigeração, solventes, espumas etc.

    Esses gases tendem a se acumular nas regiões mais frias do planeta tais como os pólos e ficam por décadas ou mesmo séculos. Por isso o buraco na Antártida é tão grande. Uma das componentes destas substâncias é o cloro, que ataca e destrói milhares de moléculas de Ozônio na estratosfera. O Buraco na Camada de Ozônio é um fenômeno que tem ocorrido na Antártica, isto é, na região do Polo Sul. É um fenômeno cíclico e uma destruição violenta de Ozônio na atmosfera, durante a primavera de cada ano, quando mais da metade da camada é destruída. Nestas ocasiões, a radiação UV-B aumenta muito. Como a camada é o único filtro natural protetor contra a radiação UV-B, devemos tomar cuidado, pois esta radiação tende a aumentar nos próximos anos. Os cientistas dizem que a camada tem a sua constante de tempo muito longa. A constante de tempo da Camada de Ozônio é muito grande, isto é, ela só vai reagir a um estímulo após dezenas de anos. A radiação UV-B está sendo monitorada em todo o mundo, inclusive no Brasil pelo INPE.

    Nos anos 80 iniciou-se uma verdadeira guerra para preservação da Camada de Ozônio, e uma de suas maiores vitórias foi a assinatura do Protocolo de Montreal. Por este tratado, assinado em 1987 por vários países, todas as substâncias conhecidas por CFC (clorofluorcarbonetos), responsáveis pela destruição do Ozônio, não seriam mais produzidas em massa.  A Camada de Ozônio absorve os Raios Ultravioletas impedindo que a maior parte deles chegue até nós. Sendo a temperatura da estratosfera, em sua maior parte mantida por um balanço entre absorção da radiação solar pelo Ozônio e emissão de radiação infravermelha atmosférica pelo Ozônio, dióxido de carbono e vapor d'água, portanto destruição da Camada de Ozônio significa também, elevação da temperatura do planeta.

    Testes Nucleares, o uso de Aviões Supersônicos, e poluentes atmosféricos comprometem o equilíbrio da camada de Ozônio. Alotropia do oxigênio - O oxigênio possui duas formas alotrópicas que diferem quanto a atomicidade O2 (Oxigênio que respiramos) e O3 (Ozônio). Origem e obtenção do Ozônio. O Ozônio tem origem em muitas ocasiões, pôr exemplo nas oxidações lentas, nas eletrolises do ácido sulfúrico diluído, pela ionização do ar provocada pôr raios gama ou descarga elétrica, ao atuar luz de longitude de onda curta (ultravioleta) ou solar (Fotoquímica) sobre o oxigênio ou no ar, atuando na molécula de oxigênio formando dois elementos de oxigênio que se combinam a outras moléculas também de oxigênio.

    A preocupação do Ozônio em relação ao clima é tanta que o monitoramento da Camada de Ozônio é feito em todo o mundo, a partir da superfície terrestre, de satélites, de aeronaves, usando as técnicas mais diversas, existindo o Centro Mundial de Dados de Ozônio em Ontário no Canada, pertencente à Organização Meteorológica Mundial (OMM), com sede em Genebra, e no Brasil o Laboratório de Ozônio do INPE.

    Sites visitados e recomendados: www.Ozonio.crn.INPE.Br Greenpeace.org.Br WWF.org.Br IPEF.BR Dermatologia.net
     
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    Sobre a divulgação do buraco de Ozônio nos EUA
    Por Maria do Carmo Zinato 07/10/00

    Environment Justice x Finance - Flórida, EUA - No dia 4 de outubro, a NASA divulgou através da CNN a observação do maior buraco de ozônio já registrado até o momento. Esta foi a notícia da manhã, explicando os problemas associados ao fenômeno (câncer de pele e cataratas), suas causas (CFCs) e como levará tanto tempo para que esses buracos se recuperem. Na homepage da CNN podemos encontrar não apenas esta informação, mas relatórios anteriores, analisando outros buracos, outras descobertas científicas e outros pontos de vista.

    À tarde e à noite do mesmo dia, excelentes reportagens mostravam o Dr. Paul Newman, numa entrevista, analisando o significado do buraco: como ele aparece todos os anos, em finais de setembro, na Antártida; depois se parte em diversos pequenos buracos e se espalha pela estratosfera. A causa é sempre a mesma: os CFCs e outros gases. A origem tem sido apontada como sendo os países em desenvolvimento que ainda não adotaram os tratados mundiais que comprometem os países a eliminar a produção desses gases. Ele ainda fala de como a observação é feita e outros detalhes visuais muito interessantes.

    O Canal do Tempo (Chanel Wheather) também relatou o fenômeno, acrescentando uma apresentação de moléculas de ozônio e como a radiação UV (ultravioleta) parte a molécula e reduz o seu número, tornando mais fino o manto que protege a terra. Tudo isso precedendo (como que estivessem preparando o público) o lançamento do ônibus espacial do dia 5 de outubro, para mais uma viagem na série prevista para a construção da cidade espacial (iniciando como estação espacial) que deverá estar pronta em 2005. A estação, os vôos, os satélites são as ferramentas que nos permitem observar o buraco de ozônio e outros fenômenos. E a NASA tem sido o gerador de tais informações, com o investimento de diversos países, inclusive o Brasil.

    O site da CNN www.cnn.com tem ferramentas muito interessantes para mostrar o ônibus e seu funcionamento, o lançamento e informações gerais, também em 3 dimensões. Você pode clicar e abrir o ônibus, fazê-lo voar, vê-lo a partir de diferentes ângulos. Já o site da NASA, www.nasa.gov/ traz resposta a várias indagações, por exemplo, qual o uso da estação espacial quando estiver pronta?

    "A Estação espacial internacional terá um laboratório orbital para pesquisas de longo prazo, onde uma das principais forças da natureza, a gravidade, é altamente reduzida. Além disso, pesquisa mundial em biologia, química, física, ecologia e medicina poderão ser conduzidas usando as mais modernas ferramentas disponíveis. Os benefícios médicos de fazer ciência no espaço poderão gerar novas drogas e um novo entendimento dos blocos de construção da vida. Os efeitos da micro-gravidade eliminam a pressão da gravidade nos experimentos aqui na Terra. Conseqüentemente, o tratamento de câncer pode ser testado em culturas de células vivas sem risco para os pacientes. Os pesquisadores também esperam um amplo entendimento dos efeitos da exposição de humanos à micro-gravidade por longo-tempo.

    Os benefícios industriais podem gerar "chips" de computador mais fortes, com metais mais leves e mais possantes. A   ausência de convecção – as correntes que causam a ascensão do ar ou fluidos quentes em relação ao ar ou líquidos frios que descem – no espaço permitirá que diferentes materiais sejam estudados de maneira mais profunda. Fluidos e chamas se comportarão diferentemente na micro-gravidade.

    Enquanto alguns experimentos acontecerão dentro da espaçonave, outros serão realizados fora dela. Esses experimentos ajudarão a revelar os efeitos de longo-prazo da exposição ao ambiente espacial externo. Compreender fenômenos tais como temperaturas extremas e micrometeoritos ajudarão aos engenheiros a melhorar o design de aeronaves. Observações da Terra permitirão que os pesquisadores estudem as mudanças de nosso meio ambiente de caráter natural ou causadas pelos seres humanos. Outros benefícios também levarão à melhoria de sistemas de previsão do tempo e relógios atômicos mais precisos. A comercialização das pesquisas espaciais permitirá às indústrias explorarem novos produtos e serviços. Finalmente, o resultado de tais inovações criará empregos aqui na Terra e no espaço.

    Texto original: http://spaceflight.nasa.gov/station/science/
    Maria do Carmo Zinato* é Coordenadora, Fonte d'Água email: [email protected].
    Pesquisadora visitante do Florida Center for Environmental Studies
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    A destruição da Camada de Ozônio
    http://www.msantunes.com.br/juizo/acamada.htm

    "Estamos frente ao maior perigo que a humanidade já enfrentou." Essas palavras foram proferidas pelo Dr. Mostafa Toba, diretor-executivo do Programa das Nações Unidas Para o Meio Ambiente. A seguir, nós vamos verificar que elas não são exageradas.

    O ozônio é um gás atmosférico azul-escuro, que se concentra na chamada estratosfera, uma região situada entre 20 e 40 km de altitude. A diferença entre o ozônio e o oxigênio dá a impressão de ser muito pequena, pois se resume a um átomo: enquanto uma molécula de oxigênio possui dois átomos, uma molécula de ozônio possui três.

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    Essa pequena diferença, no entanto, é fundamental para a manutenção de todas as formas de vida na Terra, pois o ozônio tem a função de proteger o planeta da radiação ultravioleta do Sol. Sem essa proteção, a vida na Terra seria quase que completamente extinta. O ozônio sempre foi mais concentrado nos pólos do que no equador, e nos pólos ele também se situa numa altitude mais baixa. Por essa razão, as regiões dos pólos são consideradas propícias para a monitoração da densidade da camada de ozônio. Desde 1957 são feitas medições na camada de ozônio acima da Antártida e os valores considerados normais variam de 300 a 500 dobsons1. No ano de 1982, porém, o cientista Joe Farman, juntamente com outros pesquisadores da British Antartic Survey, observaram pela primeira vez estranhos desaparecimentos de ozônio no ar sobre a Antártida. Como estavam usando um equipamento já um tanto antigo, e os dados que estavam coletando não tinham precedentes, em vista da grande diminuição da concentração do gás (cerca de 20% de redução na camada de ozônio), acharam por bem aguardar e fazer novas medições em outra época, com um aparelho mais moderno, antes de tornar público um fato tão alarmante. Além disso, o satélite Nimbus 7, lançado em 1978 com a função justamente de monitorar a camada de ozônio, não havia até então detectado nada de anormal sobre a Antártida.

    Joe Farman e seus colegas continuaram medindo o ozônio na Antártida nos dois anos seguintes, no período da primavera, e constataram não só que a camada de ozônio continuava diminuindo como ainda que essa redução tornava-se cada vez maior. Agora estavam usando um novo equipamento, o qual lhes indicou, em 1984, uma redução de 30% na camada de ozônio, valor este confirmado por uma outra estação terrestre situada a 1.600 km de distância. Nos anos seguintes a concentração de ozônio continuou a cair na época da primavera e, em 1987, verificou-se que 50% do ozônio estratosférico havia sido destruído, antes que uma recuperação parcial ocorresse com a chegada do verão antártico.

    O satélite Nimbus 7 não havia detectado as primeiras reduções na camada de ozônio por uma razão muito simples: ele não havia sido programado para detectar níveis de ozônio tão baixos. Valores abaixo de 200 dobsons eram considerados erros de leitura, e por isso não eram levados em conta… Os cientistas não podiam prever que uma alteração tão drástica na ordem natural pudesse ocorrer, e por essa razão não haviam considerado essa hipótese.

    Num artigo científico escrito em 1987, Joe Farman declarou: "Antes de 1985 todos os químicos atmosféricos pensavam que estavam no caminho certo de compreenderem o ozônio. As observações e os modelos propostos se harmonizavam. Mudanças observadas e previstas eram de menos de 1% por década. Entretanto, sobre a Antártida a destruição é hoje em dia superior a 50%, e isto por um período entre 30 e 40 dias a cada ano."

    Naquela época Joe Farman ainda não podia imaginar que a destruição ainda aumentaria muito mais nos próximos anos, que o buraco se alargaria, que sua ocorrência não ficaria restrita a alguns dias por ano, que apareceria um segundo buraco no Ártico e que surgiriam outros pontos no globo com decréscimo do nível de ozônio.

    De fato, já mesmo em 1987 foram detectadas ocorrências menores, apelidadas de "mini-buracos", que apareceram próximos à região polar. O próprio buraco antártico apresentou variações inconcebíveis naquele ano: em outubro havia desaparecido nada menos que 97,5% do ozônio detectado em agosto, na altitude de 16,5 km.

    Em seu livro O Buraco no Céu, publicado em 1988, John Gribbin afirma que mesmo que não houvesse sido detectado o buraco no ozônio na Antártida, os anos de 1986 e 1987 já teriam dado motivos de sobra para preocupação. Medições de satélite indicaram, já naquela época, uma "impressionante diminuição geral na concentração de ozônio estratosférico ao redor do globo." Essa redução já havia alcançado o sul da América do Sul, Austrália e Nova Zelândia, esta última com um decréscimo de 20%. A Suíça também mostrou preocupação na época, quando medições feitas com instrumentos em terra revelaram um estreitamento da camada de ozônio sobre o país.

    Em 1991, a NASA anunciou que o ozônio estratosférico sobre a Antártida havia atingido o nível mais baixo até então registrado: 110 dobsons para um nível esperado de 500 dobsons. Também em 1991, o Programa das Nações Unidas Para o Meio Ambiente (PNUMA) revelou que, pela primeira vez, estava-se produzindo uma perda importante do ozônio tanto na primavera como no verão, e tanto no hemisfério norte como no hemisfério sul, em latitudes altas e médias. Este fato fez crescer a apreensão geral, já que no verão os raios solares são muito mais perigosos que no inverno.

    Em 1992 verificou-se que havia-se formado um buraco também sobre o Ártico, com uma redução de 20% do ozônio. O novo buraco do Ártico não só permaneceu como continuou aumentando: nos três primeiros meses de 1996 ele cresceu mais de 30%, estabelecendo um novo recorde.

    Ainda em 1992 os pesquisadores constataram que a destruição estava se generalizando mais ainda, ocorrendo de forma global desde a Antártida até o Ártico, nos trópicos e nas regiões de latitudes médias, com uma redução variando entre 10% e 15%. A partir daquela época, os habitantes das ilhas Falklands/Malvinas passaram a ficar expostos ao buraco todos os anos durante o mês de outubro.

    A figura ao lado mostra a variação do buraco na Antártida ano a ano, de 1979 até 1992. Observa-se um crescimento contínuo durante a década de 80, com ligeira redução de suas dimensões nos anos de 1986 e 1988. A partir de 1989, porém, o buraco não se reduz mais.

    Em setembro de 1994, 226 cientistas de 29 países entregaram à OMM um relatório onde afirmavam que de 1992 a 1994 haviam sido registrados "níveis recordes" de destruição da camada de ozônio.

    Em 1995 a OMM avisou que o buraco na camada de ozônio na Antártida havia atingido o tamanho recorde de 10 milhões de km², área aproximadamente igual a da Europa2. A revista Veja do mês de setembro de 1995 reagiu desta forma ao anúncio da OMM: "O cenário de homens consumidos por violentos carcinomas de pele voltou a povoar os pesadelos do século com o anúncio feito na semana passada pela Organização Meteorológica Mundial." Em novembro daquele ano, também de acordo com a OMM, o buraco apresentava a maior área já registrada para aquela época do ano, em seu movimento cíclico de expansão e redução: 20 milhões de km². Entre setembro e outubro de 1996, o tamanho da destruição era de nada menos que 22 milhões de km²...

    O efeito imediato da redução da camada de ozônio é o aumento da nociva radiação ultravioleta UV-B (veja mais detalhes adiante). No ano de 1993, o Dr. Paul Epstein, da Universidade de Harvard, alertava que em razão do aumento da radiação ultravioleta, o bacilo do cólera poderia estar sofrendo mutações mais aceleradas, adquirindo fatores resistentes a antibióticos presentes nos gigantescos blocos de algas flutuantes nos mares.

    Em 1995, o Instituto Scripps de Oceanografia de San Diego, Califórnia, informou que partes da América do Norte e Europa Central, o Mediterrâneo, a África do Sul, a Argentina e o Chile já estavam sendo submetidos a aumentos significativos de irradiação… Em 1996 o buraco sobre o hemisfério norte começou dois meses mais cedo e foi o mais profundo e duradouro até então observado. Em março daquele ano, o assessor especial da Organização Meteorológica Mundial, Romen Boykov, alertou: "Não estamos falando de regiões desérticas, mas de regiões povoadas, onde os níveis de radiação duplicaram. Isso é muito preocupante!" Boykov fazia referência agora à redução constatada de 45% de ozônio em um terço do hemisfério norte. Apesar da gravidade da situação, nenhuma matéria sobre o assunto foi publicada nas revistas Science e Nature, os periódicos científicos mais importantes do mundo. Este fato não passou despercebido ao pesquisador Jim Scanlon. Segundo ele, os investidores são muito suscetíveis a notícias "não otimistas", e os grandes jornais procuram filtrar informações que possam ser consideradas negativas para os negócios. Jim Scanlon afirmou que o buraco na Antártida é reportado com grande nível de detalhe porque afeta relativamente poucas pessoas, em regiões isoladas. Já o buraco no Ártico não é reportado porque afeta cerca de 80 milhões de pessoas no hemisfério norte.

    É bem possível que Jim Scanlon tenha razão no que diz. Eu mesmo pude constatar que alguns sites da Internet, alegadamente dispondo de dados científicos sobre a destruição da camada de ozônio, só podiam ser acessados por pessoas autorizadas.

    Os dados disponíveis em 1996 indicavam que a média anual de radiação ultravioleta no hemisfério norte estava aumentando 6,8% por década, incluindo áreas da Inglaterra, Alemanha, Rússia e Escandinávia. No hemisfério sul, a taxa de crescimento da radiação era de 9,9% por década, atingindo o sul da Argentina e do Chile. O cientista atmosférico Jay Herman avisou: "O aumento da radiação UV-B é maior nas latitudes altas e médias, onde a maioria das pessoas mora e onde a maior parte da agricultura ocorre." No Brasil, no início de 1997, chegava a notícia de que sobre os Estados do Nordeste o nível de radiação ultravioleta havia aumentado 40% em comparação com igual período de 1996…

    Em março de 1997 as coisas pioraram. Sobre a Argentina e o Chile surgiu um novo buraco, dissociado do existente sobre o pólo Sul e cobrindo extensas áreas de ambos os países, incluindo as capitais Buenos Aires e Santiago. Foram registradas medições de 180 e 210 dobsons. De acordo com o jornalista argentino Uki Goñi, a população da Argentina não foi convenientemente alertada pelo Departamento do Clima. Os responsáveis disseram que o episódio tinha "apenas interesse científico", e que a população não deveria ficar alarmada... Goñi informou também que na latitude equivalente do hemisfério norte teria surgido um buraco semelhante, sobre Washington ou Roma.

    Enquanto surgia o novo buraco sobre a Argentina e o Chile, o pioneiro sobre o pólo Sul aparecia mais cedo. O ozônio começou a decrescer já em março, registrando-se um nível de 225 dobsons; em maio o buraco sobre a Antártida já estava completamente formado. Era a primeira vez que isto acontecia.

    No Ártico a situação não era melhor. O Dr. Pawan K. Bhartia, cientista do projeto TOMS (Total Ozone Mapping Spectromer) avisava que estavam sendo detectados os mais baixos valores já medidos de ozônio nos meses de março e abril: 219 dobsons. Os dados de satélite indicavam que a área afetada estendia-se por 5,3 milhões de quilômetros quadrados.

    Como é de praxe, já começaram a aparecer algumas idéias mirabolantes para resolver o problema crescente da destruição da camada de ozônio no planeta. Pesquisadores russos apresentaram um estudo segundo o qual seria possível reparar a camada de ozônio utilizando equipamentos de raios laser e satélites. O projeto consiste na montagem de um sistema com 30 a 50 satélites que bombardeariam a atmosfera com raios laser ultrapotentes, estimulando a produção de até 20 milhões de toneladas anuais de ozônio; esses cientistas acreditam que o problema pode ser contornado em dez anos, a um custo estimado de 100 bilhões de dólares... Tem gente também que quer fabricar ozônio no solo e comboiá-lo até a estratosfera em foguetes, grandes jatos e balões...

    Apenas com base numa amostragem de todos os fracassos humanos já colecionados nas tentativas anteriores de dominar, intervir ou até mesmo prever fenômenos da natureza, já podemos afirmar, sem medo de errar, que mesmo que tais projeto fossem exeqüíveis, o resultado final seria mais um fiasco. Se for para incentivar atitudes desse tipo, exacerbadas e irrealistas, é melhor que se continue apresentando outras iniciativas, também inócuas mas pelo menos não tão dispendiosas, como a desesperada proibição da fabricação de CFC e a decretação do "Dia Internacional do Ozônio", comemorado em 16 de setembro de cada ano. Mas quais são os efeitos que a redução da camada de ozônio pode trazer ao planeta, e aos seres humanos em particular? Devastadores talvez seja um adjetivo adequado.

    Em 1975, um cientista chamado Mike McElroy, ao estudar os efeitos que adviriam de uma destruição da camada de ozônio, advertiu que isto poderia ser usado como uma nova arma de guerra. Um composto químico como o bromo, se lançado deliberadamente na atmosfera, daria origem a um buraco na camada de ozônio sobre o território inimigo, incapacitando pessoas desprotegidas e destruindo plantações.

    Se a destruição da camada de ozônio já foi imaginada como uma arma de guerra, o leitor pode bem fazer uma idéia dos efeitos a que estarão sujeitos a população e o meio ambiente com esse acontecimento. Nós conseguimos perceber com os nossos sentidos uma parte da energia emitida pelo Sol, através da luz e do calor. Mas o Sol emite energia também fora da faixa que denominamos luz visível, e que não é portanto percebida pelos nossos olhos. A faixa "acima" da luz visível é chamada infravermelha e a faixa "abaixo" dela é chamada ultravioleta. "Acima" e "abaixo" significam comprimentos de onda de irradiação maiores ou menores. Mas isso não vem ao caso, o que interessa saber é que irradiações com comprimentos de onda menores contêm muito mais energia concentrada, sendo portanto muito mais fortes, ou, em outras palavras, muito mais perigosas.

    A natureza, sabiamente, protegeu o planeta Terra com um escudo contra a irradiação ultravioleta prejudicial. Esse escudo, a camada de ozônio, absorve grande parte da radiação ultravioleta perigosa, impedindo que esta chegue até o solo.

    Toda a vida na Terra é especialmente sensível à radiação ultravioleta com comprimento de onda entre 290 a 320 nanômetros3. Tão sensível, que essa radiação recebe um nome especial: UV-B, que significa "radiação biologicamente ativa". A maior parte da radiação UV-B é, pois, absorvida pela camada de ozônio, mas mesmo a pequena parte que chega até a superfície é perigosa para quem se expõe a ela por períodos mais prolongados.

    A UV-B provoca queimaduras solares e pode causar câncer de pele, inclusive o melanoma maligno, freqüentemente fatal. A Agência Norte-Americana de Proteção Ambiental estima que 1% de redução da camada de ozônio provocaria um aumento de 5% no número de pessoas que contraem câncer de pele. Em setembro de 1994 foi divulgado um estudo realizado por médicos brasileiros e norte-americanos, onde se demonstrava que cada 1% de redução da camada de ozônio, desencadeava um crescimento específico de 2,5% na incidência de melanomas. A incidência de melanoma, aliás, já está aumentando de forma bastante acelerada. Entre 1980 e 1989, o número de novos casos anuais nos Estados Unidos praticamente dobrou; segundo a Fundação de Câncer de Pele, enquanto que em 1930 a probabilidade de as crianças americanas terem melanoma era de uma para 1.500, em 1988 essa chance era de uma para 135.

    Em 1995 já se observava um aumento nos casos de câncer de pele e catarata em regiões do hemisfério sul, como a Austrália, Nova Zelândia, África do Sul e Patagônia. Em Queensland, no nordeste da Austrália, mais de 75% dos cidadãos acima de 65 anos apresentam alguma forma de câncer de pele; a lei local obriga as crianças a usarem grandes chapéus e cachecóis quando vão à escola, para se protegerem das radiações ultravioleta. A Academia de Ciências dos Estados Unidos calcula que apenas naquele país estejam surgindo anualmente 10 mil casos de carcinoma de pele por causa da redução da camada de ozônio. O Ministério da Saúde do Chile informou que desde o aparecimento do buraco no ozônio sobre o pólo Sul, os casos de câncer de pele no Chile cresceram 133%; atualmente o governo fez campanhas para a população utilizar cremes protetores para a pele e não ficar exposta ao Sol durante as horas mais críticas do dia.

    O Dr. Signey Lerman, da Universidade Emory, na Geórgia, elaborou um estudo onde afirma que a redução de 1% na camada de ozônio provocaria, só nos Estados Unidos, um aumento de 25 mil casos anuais de catarata na vista... Há estimativas indicando que uma redução de 50% na camada de ozônio em redor do planeta provocaria cegueira e queimaduras de pele com formação de bolhas num prazo de dez minutos.

    A radiação UV-B também inibe a atividade do sistema imunológico humano, o mecanismo natural de defesa do corpo. Além de tornar mais fáceis as condições para que os tumores se desenvolvam sem que o corpo consiga combatê-los, supõe-se que haveria um aumento de infecções por herpes, hepatite e infecções dermatológicas provocadas por parasitas.

    A maior parte das plantas ainda não foi testada quanto aos efeitos de um aumento da UV-B, mas das 200 espécies analisadas até 1988, dois terços manifestaram algum tipo de sensibilidade. A soja, por exemplo, apresenta uma redução de 25% na produção quando há um aumento de 25% na concentração de UV-B. O fitoplâncton, base da cadeia alimentar marinha, assim como as larvas de alguns peixes, também sofrem efeitos negativos quando expostos a uma maior radiação UV-B. Já se constatou também que rebanhos apresentam um aumento de enfermidades oculares, como conjuntivite e até câncer, quando expostos a uma incidência maior de UV-B.

    Ressalte-se que todos esses efeitos são ocasionados por um ligeiro acréscimo da radiação UV-B. Existe, contudo, um outro tipo de radiação ainda mais temível: a UV-C. A radiação UV-C apresenta comprimentos de onda entre 240 e 290 nanômetros e é (até agora) completamente absorvida pelo ozônio estratosférico. Sabe-se que a UV-C é capaz de destruir o DNA (ácido desoxirribonucléico), a molécula básica da vida, que contém toda a informação genética dos seres vivos. Nas palavras de John Gribbin, "ninguém é capaz de afirmar com certeza quais seriam as conseqüências de deixar essa radiação chegar até a superfície da Terra…"

    A camada de ozônio tem, pois, uma importância crucial para a vida na Terra. Sua destruição equivale a uma redução da capacidade imunológica do planeta. Agora, na época do Juízo, o ser humano que por milênios viveu de forma antinatural perdeu o direito de manter-se protegido de efeitos nocivos, sejam doenças oportunistas ou radiação ultravioleta danosa. A AIDS e a redução da camada de ozônio têm muito em comum. São efeitos similares em escalas diferentes, pois a causa de ambos os processos é a mesma: a intensificação do Juízo Final na Terra. Ambos os acontecimentos retiram dos seres humanos a proteção previamente existente contra agentes prejudiciais à saúde. Num caso, a radiação ultravioleta maléfica, no outro, as doenças oportunistas que atacam o organismo debilitado pelo vírus HIV, causador da AIDS.

    A explicação da ciência, naturalmente, está longe dessa conclusão. A tese mais aceita hoje em dia é que o buraco do ozônio foi causado pelo próprio ser humano, através da contínua emissão na atmosfera de um composto químico, o clorofluorcarbono, mais conhecido como CFC. O átomo de cloro desse composto é apontado como o vilão da história; alguns estudos sugerem que um único átomo de cloro é capaz de destruir cem mil moléculas de ozônio.

    Naturalmente, não se pode negar a influência da poluição gerada pelo ser humano nos desequilíbrios do meio ambiente, pródigo que é ele em conspurcar tudo o que está a seu alcance. Mas a magnitude e velocidade da destruição da camada de ozônio não pode ser explicada apenas pela maior concentração de CFC na atmosfera. Uma matéria de setembro de 1995 da revista Veja sobre o assunto informava que os CFCs encaixavam-se muito bem no modelo químico de destruição do ozônio, e por isso ficaram com a pecha de culpados. "Até o momento, não há melhor explicação para o fenômeno", dizia a reportagem".

    Até agora, os modelos matemáticos que tentaram prever o decréscimo futuro da camada de ozônio com base na quantidade de CFC existente na atmosfera falharam completamente. Os dados do satélite Nimbus 7 indicavam (até 1988) que o ozônio em latitudes mais setentrionais vinha desaparecendo quatro a seis vezes mais rápido do que o previsto nos modelos científicos.

    Além disso, nenhum dos modelos previu a formação dos buracos sobre a Antártida e o Ártico, tampouco a redução do ozônio em latitudes médias. A NASA tentou esclarecer: "A habilidade da atmosfera em compensar as perdas de ozônio é menor do que pensávamos." Muito convincente.

    O fato é que a redução da camada de ozônio não pode ser explicada apenas pela maior concentração de cloro na atmosfera. John Gribbin, por exemplo, apesar de concordar com a idéia do CFC, deixa algumas dúvidas no ar em seu livro O Buraco no Céu, conforme se depreende dos trechos transcritos abaixo:

    "Tudo se encaixa logicamente, envolvendo o cloro e o ClO no desenvolvimento do buraco (ainda que haja muito pouco ClO abaixo de uma altitude aproximada de 16 km, e sejam necessários mais estudos de química e dinâmica para explicar o que está acontecendo ali). (…) Parece que estão nos dizendo [os dados coletados por satélite] que, ultimamente, a destruição do ozônio estratosférico vem acontecendo duas vezes mais rápido do que se pode explicar mediante a soma de todos os efeitos, desde CFCs e óxido nitroso até atividade solar. (…) Sem dúvida, parte disso [a redução do ozônio] pode ser devida a mudanças do Sol. (…) É possível que efeitos relacionados à alteração na atividade solar tenham ajudado a formar as condições especiais sobre a Antártida, que têm permitido que o buraco cresça tanto, em tão breve espaço de tempo."

    Em 1997 o consumo per capita de CFC nos países desenvolvidos havia caído de 300 gramas para 45 gramas, e geladeiras e aparelhos de ar condicionado já saíam de fábrica sem CFC. Nada disso fez a mínima diferença até agora. A suposição de alterações na atividade solar como causa da redução da camada de ozônio não deveria ser negligenciada. Vimos, no tópico sobre o Sol, que a tempestade solar de 1972 acarretou um decréscimo de mais de 10% na concentração de ozônio da estratosfera. Um estudo mais detalhado mostrou que a destruição do ozônio sobre o pólo norte naquele ano foi de 16%. Ninguém ainda conseguiu estimar qual seria o efeito de uma outra explosão solar como a de 1972 agora, com os buracos nos pólos e a redução contínua do ozônio em diversas partes do globo.

    Mas será que essa situação tão grave, da destruição da camada de ozônio, vem tendo a repercussão necessária? A repercussão é, sem dúvida, maior do que no caso das alterações do comportamento do Sol, porque trata-se de um fenômeno mais próximo da humanidade. Todavia, como as notícias, até agora, têm aparecido bastante espaçadas no tempo, acabam não tendo o impacto que poderiam e deveriam ter, mesmo porque o ser humano faz o que for preciso para esquecer o mais rapidamente possível qualquer coisa que lhe pareça desagradável.

    Abaixo são reproduzidos alguns trechos de notícias ainda da primeira metade da década de 90 que, lidos em conjunto, dão uma idéia mais nítida do agravamento da situação:

    "A destruição da camada de ozônio não se limita mais à Antártida. A partir deste ano, vem atingindo também o norte da Europa, Sibéria, Alasca e Canadá. E, pela primeira vez, esse fato ocorreu na primavera e no verão. (...) O documento aponta ainda a destruição do ozônio nas altas e médias latitudes do hemisfério sul (Argentina, Chile, Austrália e Nova Zelândia). (…) Nas regiões temperadas não há propriamente um ‘buraco’ na camada de ozônio, mas várias falhas, ou seja, zonas onde o gás é muito rarefeito, como um tecido esgarçado que deixa passar a radiação ultravioleta do Sol."

    Obs.: Essa analogia de "tecido esgarçado" pode ser comprovada pela visualização da imagem de satélite abaixo (obtida da NASA), que mostra as condições do ozônio no planeta em outubro de 1992. Quanto mais escura a área, mais rarefeita a camada de ozônio:

    Coisas esquisitas começaram a acontecer no sul do Chile. Os pescadores estão capturando salmões cegos. Os camponeses relatam que os coelhos selvagens desenvolveram olhos saltados (exoftalmia) e devem estar sofrendo de distúrbios oculares, uma vez que são capturados com muita facilidade. Rodolfo Mancilla, um criador de ovelhas da Terra do Fogo, diz que seus animais também estão ficando cegos.

    Algumas mudas de árvores estão mostrando um desenvolvimento deformado nesta primavera austral, enquanto certos tipos de algas marinhas estão segregando um pigmento vermelho nunca observado anteriormente.

    Em Punta Arenas, há medo e preocupação em torno do bombardeamento invisível de radiação ultravioleta B. Ninguém sai de casa sem a proteção de chapéus ou óculos escuros. Os médicos vêm sendo insistentemente procurados por pacientes portadores de alergias e irritações oculares e dermatológicas."

    Manchete: Buraco aumenta também no verão (Gazeta Mercantil - 22.11.91)

    "Um estudo patrocinado pelas Nações Unidas forneceu a primeira evidência de redução da camada de ozônio sobre porções do hemisfério norte, incluindo os Estados Unidos, no período do verão, informou a UPI. (…) Um relatório da NASA, divulgado em abril passado, mostrou que o buraco na camada de ozônio sobre regiões dos Estados Unidos estava aumentando a uma velocidade duas vezes maior do que a que se acreditava anteriormente. (…) A situação constatada terá conseqüências muito graves para a vida marinha, assim como para a humanidade, porque um aumento da radiação ultravioleta que atinge a Terra pode matar o fitoplâncton, que é a base da cadeia alimentar da vida marinha."

    • Trecho de matéria (Folha de S. Paulo - 02.08.92)

    "Ao contrário do que vinha anualmente ocorrendo, neste ano o buraco de ozônio da Antártida não se dissipou no outono. Na mesma direção, os instrumentos assinalaram os mais baixos níveis de gás até agora registrados na região da estratosfera sobre aquele continente. Isso sugere que o buraco anual está aumentando. Como se não bastasse, verificou-se que durante os meses de verão o ozônio está regularmente diminuindo não só nos pólos, mas também nas latitudes médias, onde existem regiões densamente povoadas. (…) A existência de outro buraco no Ártico já é conhecida há algum tempo e a revista Science (n.º 255/797) adverte que ele poderá estender-se para o sul, afetando até a povoada Europa. (…) O pesquisador Joe W. Waters afirma que recentemente se observaram línguas de ar pobre de ozônio atingindo os pólos norte e sul a partir dos trópicos, o inverso do caminho usual da destruição do ozônio atmosférico."

    "Ao contrário do que vinha anualmente ocorrendo, neste ano o buraco de ozônio da Antártida não se dissipou no outono. Na mesma direção, os instrumentos assinalaram os mais baixos níveis de gás até agora registrados na região da estratosfera sobre aquele continente. Isso sugere que o buraco anual está aumentando. Como se não bastasse, verificou-se que durante os meses de verão o ozônio está regularmente diminuindo não só nos pólos, mas também nas latitudes médias, onde existem regiões densamente povoadas. (…) A existência de outro buraco no Ártico já é conhecida há algum tempo e a revista Science (n.º 255/797) adverte que ele poderá estender-se para o sul, afetando até a povoada Europa. (…) O pesquisador Joe W. Waters afirma que recentemente se observaram línguas de ar pobre de ozônio atingindo os pólos norte e sul a partir dos trópicos, o inverso do caminho usual da destruição do ozônio atmosférico."

    "Um dos moradores [de Punta Arenas] ficou sem camisa sob o Sol durante meia hora e sofreu tanta queimadura que parecia ‘ter estado no Havaí’. Ovelhas e outros animais ficaram cegos e morreram de fome porque não conseguiram achar comida. Plantas sadias definharam de uma hora para outra. Os cientistas suspeitam que esses fenômenos tenham sido provocados pela destruição da camada de ozônio, que bloqueia a maior parte do radiação ultravioleta do Sol. Em outubro passado, os satélites detectaram o menor nível de ozônio sobre a região."

    "Aumentou em 18% o buraco na camada de ozônio no sul do país [Brasil] em comparação com o ano de 1994. (…) ‘A proteção nunca havia caído tanto quanto neste ano’, comunicou ontem o diretor do LACESM (Laboratório de Ciências Espaciais de Santa Maria), Paulo Sarkis. ‘Nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e até Paraná, as pessoas devem evitar a exposição ao Sol’, advertiu Sarkis."

    "Durante quatro dias no início deste mês [novembro de 1995], as maléficas radiações ultravioletas atingiram a pele dos gaúchos com o dobro da intensidade normal. (…) Naquele período houve uma diminuição na concentração de ozônio atmosférico de cerca de 20%."

    Os extratos acima deveriam constituir-se num alerta para os seres humanos, a respeito de um dos mais drásticos sinais do desencadeamento do Juízo Final na matéria grosseira desta Terra. Nos próximos anos as notícias a respeito da destruição da camada de ozônio continuarão a sobressaltar a humanidade, independentemente de qualquer acordo internacional para redução de CFC e outros poluentes. Nenhuma ação humana, nem mesmo a vontade inteira da humanidade podem alterar algo nisso, pois trata-se de um efeito de retorno cármico na Lei da Reciprocidade, a qual atua agora de modo muito mais reforçado pela intensificação da irradiação julgadora do Juízo.

    Notas de Texto
    1. Dobson é a unidade que mede a concentração de ozônio. É uma medida de comprimento e indica a altura que teria a camada de ozônio se toda ela fosse trazida para baixo, à pressão do nível do mar e à temperatura de 0ºC. Um dobson equivale a um milionésimo de centímetro; 500 dobsons correspondem a uma espessura de ozônio de 5 milímetros, nas condições descritas de temperatura e pressão padronizadas.
    2. Em 1985 o buraco apresentava uma área de cerca de 5,7 milhões de Km², em 1990 já era de 7,5 milhões de Km², e em 1995 chegou aos 10 milhões de Km²
    3. Um nanômetro equivale a um bilionésimo do metro.
    4. O buraco na Antártida parece funcionar como um ralo, sugando partes da camada de ozônio de outras regiões da Terra e adelgaçando-a.

    Reconstituição da Camada de Ozônio e diminuição do efeito estufa produzindo Oxigênio a partir do gás carbônico

    Em 1785, Van Marun, filósofo alemão, observou as características eletrostáticas do ar devido ao Ozônio. Schombein, em 1801, reportou o odor característico como sendo uma nova substância, de nome Ozônio, e sugeriu que o gás ocorreria naturalmente na atmosfera. Na Alemanha, em 1875, Siemens criou o primeiro gerador de Ozônio (ozonizador). Em 1891, verificou-se que o Ozônio era capaz de destruir bactérias presentes na água. O primeiro experimento utilizando Ozônio no tratamento da água foi realizado em 1893 em Leyde, na Holanda, no tratamento das águas do Rio Reno. Biológicamente o Ozônio desempenha o importante papel de um Purificador de ar.

    Alotropia: Chamamos de alotropia a propriedade que certos elementos químicos possuem de formar substâncias simples diferentes. Estas substâncias diferem das outras, quanto ao número de átomos. As propriedades químicas das substâncias alotrópicas são semelhante; por outro lado, as propriedades físicas são muito diferentes, inclusive na quantidade de energia, envolvida na transformação de cada alótropo e na velocidade com que se dão essas transformações. Uma forma alotrópica é sempre mais estável que a outra: forma mais estável transforma-se mais lentamente é mais energética do que a forma mais instável. Normalmente, a forma mais instável transforma-se na mais estável (ainda que este processo demore milhões de anos).

    Exemplos: o carbono grafite e o carbono diamante são os mesmos.

    Alotropia do oxigênio - O oxigênio possui duas formas alotrópicas que diferem quanto a atomicidade O2 e O3.

    O gás ozônio devido ao seu alto poder oxidante é um grande bactericida, germicida e anti-viral. É usado na purificação da água e do ár, nos chamados ozonizadores. Há controvérsia quanto as vantagens de tomar água Ozonizada, uma vez que sua ação bactericida, germicida e anti-viral não distingue as bactérias nocivas daquelas que são essências à nossa saúde.

    Justificativa para o uso do ozônizador de ár:

    A sensação de frescor que se tem após uma tempestade é devida à transformação do gás oxigênio em ozônio, que purifica o ár, promovida pêlos relâmpagos, sendo o ozônio produzido pela natureza ele faz parte da vida da raça humana na Terra, o que deve ser determinado é a quantidade de ár ozonizado para o ser humano respirar, pois acima de uma determinada quantidade causa instantaneamente queimação na traquéia, sensações antes desta é porque o ser humano está desacostumado a respirar ár ozonizado ou possui alguma doença portanto o que deve ser evitado é a doença e não o ozônio, sendo o Ozônio Bactericida, Germicida e Anti-viral.

    A concentração residual de ozônio na água para beber não deve exceder a 0,4 mg/litro, sendo o tempo para tratamento não inferior a 10 minutos, sendo o ozônio mais eficaz que o cloro para o tratamento da água não deixando resíduos nem forma compostos tóxicos, destruindo microorganismos resistentes como o cisto de Entamoeba histolytica, o vírus causador da hepatite A (HVA) e 99% de outros protozoários e vírus entéricos. Recomenda-se um limite de inalação de 0,1 ppm (partes pôr milhão) ou 0,2 mg/m³. Pois acima de 0,3 - 0,5 ppm provoca efeitos tóxicos a mucosa respiratória e a mucosa ocular, concentrações acima de 1 ppm possuem alta toxidade, podendo causar edema pulmonar, a inalação de 50 ppm de Ozônio da atmosfera é perigosa sendo provavelmente fatal, a inalação de 0,2 ppm pôr 3 ou mais horas pode causar perturbação da visão noturna, causar a fadiga e perda de coordenação motora.

    Os efeitos tóxicos ocorrem principalmente na combinação do ozônio em concentração acima de 0,3 ppm com outras substâncias como o dióxido de nitrogênio e dióxido de enxofre, prejudicando a Camada de Ozônio e podendo provocar distúrbios visuais, fadiga, febre, bronquite, perda de memória, aumento da excitabilidade muscular mas não há relatos de casos fatais, portanto é necessário a diminuição dos poluentes que tornam o Ozônio mais tóxico e danificam a Camada de Ozônio.

    Os Raios Ultravioleta emitidos pelo sol são dotados de enorme quantidade de energia e se não forem barrados na atmosfera podem causar a morte dos organismos vivos. Sem a Camada de Ozônio as queimaduras solares se tornam 50 vezes mais forte.

    Uma Camada de Ozônio que foi formada por fotodissociação do gás oxigênio conforme a teoria Fotoquimica de Sydnei Chapman de 1940 se encontra a uma altura de 20 a 30 Km da superfície da Terra, absorve os Raios Ultravioletas impedindo que a maior parte deles chegue até nós. Sendo a temperatura da estratosfera, em sua maior parte mantida por um balanço entre absorção da radiação solar pelo Ozônio e emissão de radiação infravermelha atmosférica pelo Ozônio, dióxido de carbono e vapor d'água. Testes Nucleares, o uso de Aviões Supersônicos, e poluentes atmosféricos comprometem o equilíbrio da camada de Ozônio.

    Plantas podem ser danificadas pelo Ozônio quando expostas a concentrações tão baixas como 2 a 5 ppm por 8 horas sendo: Plantas sensíveis: Espinafre, Tabaco, Alfafa, Trigo, Aveia, Cevada, Centeio, Grama de Pomar, Trevo Vermelho, Rabanete, Feijão, Milho, Tomate, Brócolos; Plantas intermediárias: Nabo, Salsa, Cenoura, Petúnia, Chicória e Cenoura Branca; Plantas resistentes: Beterrabas, Gerânio, Grama Azul, Pepino, Algodão e Alface. Como resposta de defesa das células vegetais a este estresse oxidativo gerado pelo Ozônio, proteínas antioxidante podem ser induzidas. Fatores atmosféricos afetam a sensibilidade da planta ao Ozônio.

    Origem e obtenção do Ozônio. O Ozônio tem origem em muitas ocasiões, pôr exemplo nas oxidações lentas, nas eletrolises do ácido sulfurico diluído, pela ionização do ar provocada pôr raios gama ou descarga elétrica, ao atuar luz de longitude de onda curta (ultravioleta) ou solar (Fotoquimica) sobre o oxigênio ou no ár, atuando na molécula de oxigênio formando dois elementos de oxigênio que se combinam a outras moléculas também de oxigênio, como na reação:

    O2 ó 2(O) + 2(O2) ó 2(O2)

    O Ozônio, que é um agente oxidante muito ativo é de duração relativamente longa, quando comparado com o oxigênio nascente que subsiste, aproximadamente pôr um micro segundo. Se obtém na atualidade quase que exclusivamente pôr meio da denominada descarga elétrica escura; fazendo passar oxigênio ou ar pôr um espaço submetido a uma alta tensão elétrica, se produz Ozônio. Todos os procedimentos ordinários só dão oxigênio ou ár ozonizado. O produto puro se obtém em temperaturas muito baixas condensando-se, então o Ozônio em forma de uma massa cristalina de cor azul-violeta escuro, difícil de manusear, e funde a -227 ºC dando um liquido azul-violeta escuro.

    Propriedades e aplicações do Ozônio. É um gás de odor característico, azul pálido quase incolor, de formula O3 .

    3 O2 + 68,2 Cal.=2 O3 

    Esta energia volta a ser libertada quando o Ozônio se decompõe, sendo o seu poder oxidante superior ao do oxigênio ordinário. O ozônio já era utilizado em 1924 na Alemanha na forma de ar ozonizado, devido ao seu alto poder oxidante, mediante ao qual chega a destruir as bactérias, germes e vírus, fazendo desaparecer os maus odores, sendo aplicado na purificação das águas e do ar atmosféricos. Tem uma grande importância na técnica de purificação de água potável, existindo na França no ano de 1996, 500 Instalações de Tratamento de água, sendo que na Europa e EUA é disponível no mercado ozonizadores para purificação do ár.

    Produção de Oxigênio a partir do Gás Carbônico (CO2); através da descarga elétrica escura, devido a eletronegatividade do carbono (C) e do oxigênio (O) se produz ozônio (O3), o que é fácil de se comprovar observando ozonizadores de ar ou pontos de alta tensão em televisores que após algum tempo de uso apresentam áreas pretas, sendo também possível através da Fotoquímica e da Radiação Gama, sendo necessário estudo cientifico para este fim.

    Soluções:

    a) Colocar Geradores de Ozônio de grande porte junto a hidroelétricas, para aproveitar a capacidade de geração excedente o que ocorre a noite e com maior freqüência nos períodos de chuva.

    b) Colocar pequenas hidroelétricas inoperantes em funcionamento com finalidade de alimentar Geradores de Ozônio colocados junto a elas, pois existem diversas em condições de funcionamento no Brasil.

    c) Construir Usinas Eólicas ou Solares no nordeste do Brasil e desertos em outros pontos do Planeta, para alimentar Geradores de Ozônio pois o clima quente da região colaborara com a subida do Ozônio e abaixará a temperatura da região, sendo na linha do equador a concentração de ozônio menor; esta concentração é de 240 matm cm (miliatmosfera centímetros).

    d) Construir hidroelétricas sem o represamento em regiões que o permita com o intuito de aproveitar a energia para alimentar geradores de Ozônio.

    e) Uso do Ozônio como inseticida e herbecida, sendo necessário estudo cientifico para este fim.

    f) Construção de usinas de Raios Gama para a ionização do ar e esterilização de alimentos.

    h) Aproveitar o Ozônio para a despoluição de rios.

    Observações:

    a) estas são formas de compensarmos a natureza com o desmatamento e alagamento que foram feitos com a construção de tantas hidroelétricas, pois estaremos produzindo Oxigênio na forma de Ozônio

    b) é mais do que óbvio que estaremos alterando o clima com maior intensidade nas regiões envolvidas sendo que em algumas em primeiro momento poderá ser desfavorável, portanto se torna necessário a observação constante do clima com vistas a produção de Ozônio nestas regiões, sendo possivelmente necessário o uso de filtros a base de cloro para reduzir o Ozônio a Oxigênio molecular em determinados períodos do ano, sendo a primavera a de maior concentração e o outono o de menor concentração, e na região equatorial concentração média inferior durante todo o ano, e o conteúdo de Ozônio mostra uma variação diurna, sendo maior durante a noite ou pelo menos, nunca menor do que durante o dia e em relação ao oceano a concentração é maior no continente.

    A preocupação do Ozônio em relação ao clima é tanta que existe o Centro Mundial de Dados de Ozônio localizado em Ontário no Canada, pertencente à Organização Meteorológica Mundial e no Brasil o Laboratório de Ozônio do INPE.

    Referências Bibliográficas:
    Ana Maria Aoki Gonçalves e Maria Messaros, Química 1, Ceeteps, 1999 Werner Mecklenburg, Tratado de QUÍMICA, Gustavo Gili. Editor
    Elie Politi, Química, Editora Moderna
    Almanaque Abril 96, Abril Multimídia
    Isa Maria O. Da Silva, Modelo Físico - Matemáticos para Determinação do Conteúdo do Ozônio no Hemisfério Sul, Universidade Federal de Viçosa MG 1983
    Antoine Berberian, O Ozônio na Industria da Carne, Revista Nacional da Carne 1981 vol. 5 Nº 54 pg. 26
    Torres, E.A.F.S, Regê-Ferreira, A.F, Rimoli, C.D, Olivo, R. Higiene Alimentar abril de 1996 vol. 10 Nº 42
    Ricardo Antunes Azevedo NOTESALQ 1998 ano 7 vol. 6b
     
    GRANDES TEMAS
    Camada de Ozônio
    http://www.litoralgaucho.com.br/patram/camadaozonio.htm

    A Terra é envolvida por uma frágil camada de ozônio que protege animais, plantas e seres humanos dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol. Na superfície, o gás ozônio (O3) contribui para agravar a poluição do ar das cidades e a chuva ácida. Mas, nas alturas da estratosfera (entre 25 e 30 km acima da superfície), o ozônio é um filtro a favor da vida. Sem ele, os raios ultravioleta poderiam aniquilar todas as formas de vida no planeta.

    Há evidências científicas de que substâncias fabricadas pelo homem estão destruindo a camada de ozônio. Em 1977, cientistas britânicos detectaram pela primeira vez a existência de um buraco na camada sobre a Antártida. Desde então, têm se acumulado registros de que a camada está se tornando mais fina em várias partes do mundo, especialmente nas regiões próximas do Pólo Sul e, recentemente, do Pólo Norte.

    Apesar de a camada de ozônio absorver a maior parte da radiação ultravioleta, uma pequena porção atinge a superfície da Terra. Essa radiação mata 12 mil pessoas de câncer de pele por ano apenas nos Estados Unidos. A radiação ultravioleta afeta também o sistema imunológico, minando a resistência humana a doenças como herpes, além do próprio câncer. Causa, ainda, problemas oftalmológicos como catarata e enfraquecimento da visão.

    Os seres humanos não são os únicos atingidos pelos raios ultravioleta. Todos as formas de vida, inclusive plantas, podem ser debilitadas. Acredita-se que níveis mais altos da radiação podem diminuir a produção agrícola, o que reduziria a oferta de alimentos. A vida marinha está também seriamente ameaçada, especialmente o plankton (plantas e animais microscópicos) que vive na superfície do mar. Esses organismos minúsculos estão na base da cadeia alimentar marinha e absorvem mais da metade das emissões de dióxido de carbono (CO2)do planeta.

    Diversas substâncias químicas destróem o ozônio quando reagem com ele. Tais substâncias contribuem também para o aquecimento do planeta, conhecido como efeito estufa. A lista negra dos produtos danosos à camada de ozônio inclui os óxidos nítricos e nitrosos expelidos pelos exaustores dos veículos e o CO2 produzido pela queima de combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo. Mas, em termos de efeitos destrutivos sobre a camada de ozônio, nada se compara ao grupo de gases chamado clorofluorcarbonos, os CFCs.

    Depois de liberados no ar, os CFCs levam cerca de oito anos para chegar à estratosfera onde, atingidos pela radiação ultravioleta, se desintegram e liberam cloro. Por sua vez, o cloro reage com o ozônio que, conseqüentemente, é transformado em oxigênio comum (O2-aquele que nós respiramos). O problema é que o oxigênio comum não é capaz de proteger o planeta dos raios ultravioleta. Uma única molécula de CFC pode destruir 100 mil moléculas de ozônio.

    Os CFCs são gases sintéticos (não ocorrem naturalmente) usados como propelentes em aerossóis, como isolantes em equipamentos de refrigeração e para produzir materiais plásticos para embalagens. Como são de fabricação barata e bastante estáveis quimicamente, os CFCs já foram saudados como substâncias capazes de revolucionar a vida moderna. Mas os danos ambientais causados pelos CFCs estão obrigando a indústria a procurar outras alternativas.

     

    O buraco que vem com a primavera

    Uma série de fatores climáticos faz da estratosfera sobre a Antártida uma região especialmente susceptível à destruição do ozônio. Toda primavera, no Hemisfério Sul, geralmente no mês de outubro, aparece um buraco na camada de ozônio sobre o continente. Os cientistas observaram que o buraco vem crescendo e que seus efeitos têm se tornado mais evidentes. Em 1992, foram registrados casos de peixes, ovelhas e coelhos cegos no sul do Chile.

    Médicos da região têm também relatado uma ocorrência anormal de pessoas com alergias e problemas de pele e visão. O Hemisfério Norte também é atingido. Os Estados Unidos, a maior parte da Europa, o norte da China e o Japão já perderam 6% da proteção pelo ozônio. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) calcula que cada 1% de perda de ozônio cause 50 mil novos casos de câncer de pele e 100 mil novos casos de cegueira, causada por catarata, em todo o mundo.

    Para salvar a camada: Diversos países vêm trabalhando para eliminar a produção e uso dos CFCs. Em 1989 entrou em vigor o Protocolo de Montreal, que previa, através de medidas graduais, a eliminação dos CFCs. Os países que aderiram inicialmente ao acordo representavam 82% do consumo mundial de CFCs. O Protocolo vem sendo freqüentemente atualizado e contém cláusulas para atender as necessidades dos países em desenvolvimento, cujo consumo ainda é baixo. Atualmente, 155 países são signatários do acordo.

    De 1988 a 1992, o consumo dos CFCs gases caiu 40%. Em dezembro de 1995, a Comunidade Européia e os Estados Unidos baniram quase completamente a produção e a importação dos CFCs e outras substâncias danosas à camada de ozônio. Para chegar a isso, uma das medidas adotadas foi a reciclagem dos gases já produzidos, especialmente em equipamentos elétricos. A indústria desses países conseguiu também produzir aerossóis que usam propelentes alternativos inócuos para a camada de ozônio. Entretanto, a elevação dos preços de CFCs nesses países têm estimulado o surgimento de um mercado negro do produto, contrabandeado de países onde a produção dessas substâncias ainda é legal.

    Busca por alternativas: É possível substituir os CFCs por outros produtos sintéticos, embora sua eficácia e seus efeitos sobre o meio ambiente ainda sejam incertos. Os produtos HFCS (CFCs com um átomo adicional de hidrogênio), por exemplo, causam menos danos à camada de ozônio. Mas uma variedade desse tipo de gás, o HCFC 142b, é inflamável e há outras que são tóxicas.

    O HCFCs 134a (usado principalmente como propelentes de aerossóis e na fabricação de espumas para cosméticos) é considerado seguro para os seres humanos mas, aparentemente, menos eficaz como agente de refrigeração do que os CFCs convencionais. Por isso, uma geladeira que usa HCFC 134a gasta mais eletricidade para manter a mesma temperatura. No caso dos países que dependem de combustíveis fósseis para geração de energia elétrica, isso poderia contribuir para o efeito estufa. Assim, resolver um problema pode agravar outro.

    A busca por alternativas para os CFCs precisa continuar para garantir a eliminação total desses gases. Também é vital promover a cooperação técnica com os países mais ricos para garantir que todas as nações adotem as novas tecnologias. Afinal, a camada de ozônio protege todo o planeta.

    Formação e destruição do ozônio

    (A) Na atmosfera, a presença da radiação ultravioleta desencadeia um processo natural que leva à contínua formação e fragmentação do ozônio.

    (B) A quebra dos gases CFCs é danosa ao processo natural de formação do ozônio. Quando um desses gases (CFCl3) se fragmenta, um átomo de cloro é liberado e reage com o ozônio. O resultado é a formação de uma molécula de oxigênio e de uma molécula de monóxido de cloro. Mais tarde, depois de uma série de reações, um outro átomo de cloro será liberado e voltará a novamente desencadear a destruição do ozônio.

    Aumentos na Temperatura da Terra

      
    As temperaturas na terra podem subir até 11ºC, quase o dobro do que se previa, segundo uma das projeções mais abrangentes já realizadas sobre o clima, pela Universidade de Oxford, na Grâ-Bretanha. Os cientistas responsáveis pela pesquisa, chamada Climaprediction.net ("Previsões sobre o clima", em tradução livre), dizem que não existe um nível seguro de emissões de gás carbônico (CO2).
       
    O estudo, que foi publicado na revista científica Nature, usou computadores pessoais de todo o mundo para produzir dados: em vez de usar um supercomputador para rodar modelos climáticos, o projeto pedia que usuários comuns de PCs - Personal Computers baixassem um software que funciona quando o computador não está sendo usado. Mais de 95 mil pessoas se registraram, em mais de 150 países. Somados, esses computadores rodaram mais de 60 mil simulações do clima no futuro.

    Diferenças - Cada PC roda uma simulação ligeiramente diferente da outra, e cada uma examina o que acontece com o clima mundial quando os níveis de gás carbônico na atmosfera são duas vezes maior que os níveis pré-industriais - o que, segundo os cientistas, pode ocorrer em meados deste século.

    O que variou mais entre as simulações foi exatamente a natureza do processo físico, como por exemplo o das correntes de ar dentro de nuvens tropicais, que rege o transporte do calor em torno do planeta.

    Dessa forma, nenhuma simulação produziria exatamente os mesmos resultados. De maneira geral, o projeto produz um retrato da possível abrangência de resultados, considerando-se os conhecimentos científicos que se tem hoje. O menor aumento de temperatura que o estudo prevê é de 2ºC, podendo chegar a 11ºC.

    "Urgência" - A variação real vai depender da velocidade com que se duplicará a quantidade de CO2. Mas grandes aumentos só devem ocorrer dentro de pelo menos um século. "Acredito que esses resultados sugerem que é mais urgente do que se pensa a necessidade de fazermos algo em relação às mudanças climáticas", disse à BBC o cientista David Stainforth, um dos autores do Climateprediction.net.

    "Entretanto, com o que sabemos hoje, não podemos definir qual é o nível seguro de gás carbônico na atmosfera". Na segunda-feira (21/02/2005), a Força-Tarefa Internacional para Mudanças Climáticas, anunciou que uma concentração atmosférica de gás carbônico de mais de 400 ppm (partes por milhão) seria "perigosa". Atualmente, esse índice está em torno dos 378 ppm, subindo cerca de 2 ppm por ano.

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