py4sm100.gif (15909 bytes)brasil(1).gif (21489 bytes)PY4SM / PY2DD / ZW4SMbrasil(1).gif (21489 bytes)py4sm100.gif (15909 bytes)

Página Principal - Marcus Martins - Belo Horizonte - MG / São Paulo - SP / BRASIL - English
A história do rádio

A reprodução deste texto está autorizada desde que a autoria seja preservada e mencionada

(A reprodução deste texto está autorizada desde que a autoria seja preservada e mencionada - Direitos Reservados - Marcus Martins - PY4SM / PY2DD)
 
Durante nossa pesquisa sobre a história do rádio, localizamos diversas publicações que consideram o italiano Guglielmo Marconi como o inventor do transmissor de rádio no ano de 1896. Mas a Suprema Corte Americana concedeu a Nikola Tesla o mérito da criação do rádio, tendo em vista que Marconi usara 19 patentes de Nikola Tesla em seu projeto.

Nikola Tesla (Nicola Tesla ou Никола Тесла) de etnia sérvia, foi um inventor nos campos da engenharia mecânica e eletrotécnica, tornando-se mais tarde um cidadão estadunidense.  Tesla é muitas vezes descrito como um importante cientista e inventor da modernidade, um homem que "espalhou luz sobre a face da Terra". É mais conhecido pelas suas muitas contribuições revolucionárias no campo do eleletromagnetismo no fim do século XIX e início do século XX. As várias patentes de Tesla e o seu trabalho teórico formam as bases dos modernos sistemas de potência elétrica em corrente alternada (AC), incluindo os sistemas polifásicos de distribuição de energia e o motor AC, com os quais ajudou na introdução da Segunda Revolução Industrial.

Depois da sua demonstração da transmissão de sinais de rádio sem fio em 1894 e após ser o vencedor da "Guerra  das   Correntes", tornou-se bastante respeitado como um   dos  maiores engenheiros eletrotécnicos que trabalhavam nos EUA. Muitos dos seus primeiros trabalhos foram pioneiros na moderna engenharia eletrotécnica e muitas das suas descobertas foram importantes para desbravar os caminhos para o futuro. Durante este período, nos Estados Unidos, a fama de Tesla rivalizou com a de qualquer outro inventor ou cientista da história e cultura popular, mas devido à sua personalidade excêntrica e às suas afirmações aparentemente bizarras e inacreditáveis sobre possíveis desenvolvimentos científicos, Tesla caiu eventualmente no ostracismo e era visto como um cientista louco.

Nunca tendo dado muita atenção às suas finanças, Tesla morreu empobrecido aos 86 anos.

Tesla ainda contribuiu em diferentes campos como robótica, controle remoto, radares e ciência computacional, além da expansão da balística, física nuclear e física teórica. No ano de 1.943 o Supremo Tribunal dos Estados Unidos acreditou-o como o inventor do Rádio.

Porém, vale salientar que em 1893, portanto 3 anos antes, o brasileiro Roberto Landell de Moura, nascido no centro da cidade de Porto Alegre-RS no dia 21 de janeiro de 1861 e falecido em 30 de junho de 1928, patenteava no Brasil, um aparelho de sua invenção que transmitia à distancia a voz humana através das ondas de rádio.

Moura.jpg (60233 bytes)  landell-mus-radio.jpg (50204 bytes)

Padre Roberto Landell de Moura, construiu diversos aparelhos que expôs ao público na capital paulista em 1.893, tais como:

                    - o Teleauxiófono (telefonia com fio);

                    - o Caleófono (telefonia com fio);

                    - o Anematófono (telefonia sem fio);

                    - o Teletiton (telegrafia fonética, sem fio, com o qual duas pessoas podem comunicar-se sem serem ouvidas por outras);

                    - o Edífono (destinado a depurar as vibrações parasitas da voz fonografada, reproduzindo-a ao natural).

Landell de Moura era um padre católico, cientista e inventor, considerado o Patrono dos Radioamadores do Brasil e o pioneiro do rádio. Seus pais se chamavam Inácio Ferreira de Moura e Sara Mariana Landell de Moura e Landell era o terceiro filho dentre 14 irmãos. Ele cursou o Colégio dos Jesuítas em São Leopoldo-RS e juntamente com seu irmão Guilherme,  transferiu-se para o Rio de Janeiro em 1879 e em seguida para Roma onde se ingressou no Colégio Pio Americano e na Universidade Gregoriana. Durante seus estudos, sempre se dedicou de corpo e alma, aos estudos da Física tendo desenvolvido a sua teoria sobre a Universidade das Forças Fisicas e a Harmonia do Universo. Completou sua formação eclesiástica em Roma, formando-se em Teologia, e foi ordenado sacerdote em 1886, ano em que regressou ao Brasil. Substituiu em varias ocasiões o capelão do Paço Imperial, no Rio de Janeiro, e teve oportunidade para manter longos diálogos sobre ciências e especialmente sobre fisica com D. Pedro II. Por ocasião da comemoração dos 150 anos de seu nascimento, celebrado em 21 de janeiro de 2011, o Padre Roberto Landell de Moura foi inscrito no Livro dos Heróis da Pátria - Lei Nº 12.614 em 27 de abril de 2012.

Era um autodidata e no Brasil continuou seus estudos, realizando suas primeiras experiências na cidade de São Paulo no final do século XIX. Foi transferido para a cidade de Campinas-SP em 1893 onde incrementou ainda mais as suas experiências utilizando o curto tempo de que disponha, pois suas atividades religiosas lhe ocupava bastante. Certo de suas descobertas, tudo anotava e documentava minuciosamente durante dias e noites dentro de seu laboratório (um quartinho escuro e úmido nos fundos da casa paroquial). Trabalhava freneticamente, sozinho, fabricando grande parte das peças necessárias na montagem de seu “transmissor de voz humana à distancia”. Para assombro geral o seu invento foi um sucesso! Apesar do sucesso a própria igreja ficou receosa com aquela invenção criada por um padre. Passaram a considerá-lo como um louco, impostor, bruxo, feiticeiro perigoso, padre renegado... Porém Landell de Moura continuava em sua dedicação às suas invenções maravilhosas.

Pioneiro na transmissão da voz, usando os  equipamentos de rádio construídos por ele mesmo, Landell transmitiu a voz humana por meio de dois aparelhos - o primeiro, um transmissor de radio que utilizava um microfone eletromecânico inventado também por ele e que captava os sons através de uma câmara de ressonância com uma bobina de Ruhmkorff, e irradiava através de uma antena ou de duas esferas centelhadoras.  A recepção utilizava detectores que foram sendo melhorados nos anos seguintes.

Landell de Moura realizou experiências de 1892 a 1893, nas cidades de Campinas e São Paulo. Em 1899 o Jornal O Estado de S.Paulo noticiou que “ele transmitiu a voz humana a partir do Colégio das Irmãs de São José, hoje Colégio Santana, no alto do bairro de Santana, zona norte da capital paulista”. Já em 10 de junho de 1900 foi  noticiado pelo Jornal do Comercio: “No domingo passado (03 de Junho), no alto de Santana, na cidade de São Paulo, o padre Landell de Moura fez uma experiência particular com vários aparelhos de sua invenção. No intuito de demonstrar algumas leis por ele descobertas no estudo da propagação do som, da luz e da eletricidade através do espaço, as quais foram coroadas de brilhante êxito. Assistiram a esta prova, entre outras pessoas, o Sr. Percy Charles Parmenter Lupton, representante do governo britânico, e sua família".

Não conseguindo aceitação privada ou governamental aos seus inventos e após ter estado nos Estados Unidos durante 3 anos, Landell de Moura desiludido retornou ao Brasil em 1905. Ainda assim mantinha um fio de esperança de conseguir apoio. Procurou o então Presidente da Republica Rodrigues Alves e pediu-lhe dois navios de guerra para fazer uma demonstração de seus revolucionários inventos. Após alguns dias recebeu a visita de um assessor da Presidência da Republica. Um detalhe importante lhe foi questionado:  “Qual é a distancia em que deverão estar as duas embarcações?” Respondeu Landell de Moura: “Em alto mar, o mais distante possível!” O assessor ao retornar informou ao Presidente Rodrigues Alves: “Excelência, o tal padre é positivamente louco!” Landell de Moura não conseguiu os navios.

O padre Roberto Landell de Moura faleceu de tuberculose, aos 67 anos, no completo anonimato científico, em Porto Alegre, num leito do Hospital da Beneficência Portuguesa.

marconi-preceptor.jpg (7859 bytes)

O início da história do rádio foi marcado pelas transmissões radiofônicas, sendo a transcepção utilizada quase na mesma época. Consideram alguns que a primeira "real" transmissão radiofónica do mundo foi realizada em 1.899, nos EUA por Lee de Forest experimentalmente para testar a válvula tríodo.

Neste mesmo ano Marconi obteve sucesso quando enviou uma mensagem por "transmissão sem fio" através do Canal da Mancha, numa distância de 32 milhas. No mês de Dezembro de 1.901, Marconi fez uma "comunicação sem fio" atravessando o Oceano Atlântico, um feito que chamou a atenção de todo o mundo e alimentou a imaginação de várias pessoas que se interessavam e desejavam participar da fascinante descoberta. 

Na verdade, no inicio, tudo era "faísca".  Mas, exatamente, o que era a "faísca"?

marconi-ptransmissor.jpg (8654 bytes)

Visando facilitar o seu entendimento do que era "faísca", ligue o seu rádio numa noite de verão nas bandas de Ondas Medias (OM), Ondas Longas (OL) ou Ondas Curtas (OC), e escute os ruídos da estática. Agora ligue o seu aspirador de pó ou o barbeador elétrico, e escute o seu rádio novamente. Ouça que barulheira está sendo provocada pelas faíscas do motor... Em resumo a comunicação por faísca era meramente uma "faísca controlada", que se conseguia quando aplicávamos alta voltagem numa bobina e assim provocávamos faíscas entre os separadores. Um dos terminais da bobina era acoplado a uma antena e a faísca era chaveada em ON e OFF (ligada e desligada) para transmitir o código. O sinal gerado ocupava uma enorme faixa. O melhor transmissor de faísca em 1.906 operando em 400 metros (750kHz) gerava um sinal que ocupava uma faixa entre 250metros (1.200kHz) e 550 metros (545 kHz). Os receptores não eram melhores. Antes de 1.912, todos os sistemas eram basicamente detectores sem amplificação. Os sintonizadores eram primitivos ou não existiam. Como se poderia esperar, pelos padrões de hoje, as primeiras estações de "comunicação sem fio" eram extremamente ineficientes. O alcance das transmissões variavam de 6 milhas com uma bobina de faísca com ½ polegada, a 100 milhas com uma estação de 1 Kilowatt e uma bobina de faísca com 15 polegadas. Os navios com transmissores de 5 KW poderiam alcançar no máximo 500 milhas.

E foi neste mundo de comunicações (quase impossíveis) que os primeiros radioamadores se aventuraram. Atualmente, se nos concentrarmos no período anterior ao ano de 1.908, na verdade seria mais apropriado falar em "experimentadores" do que em "radioamadores".

Durante a primeira década da comunicação sem fio havia pouco interesse em comunicações pessoais usando o rádio; o grande interesse era no desenvolvimento técnico da ciência pura, mas também com os olhos postos no dinheiro que o rádio poderia gerar como meio de comunicação. Os experimentadores não eram organizados e com a exceção daqueles que viviam próximos e faziam seus testes, não havia nenhum conhecimento de outras estações pioneiras. Caso tenha havido algum "radioamador" antes de 1.908, sua existência perdeu-se na falta de informação, na obscuridade da pré-história. No ano de 1.908, no entanto, a realidade das comunicações sem fio começou a mudar.

 

Desenvolvimentos técnicos importantes alcançavam a sua primeira fase e a United Wireless, um dos maiores fabricantes da época, formou o primeiro monopólio das comunicações sem fios. Paralelamente, novas revistas faziam sucesso e entre elas destacamos a "Modern Electrics" que publicava 2.000 exemplares e passou para mais de 30.000 exemplares em apenas dois anos. Também em 1.908 foi publicado o primeiro "handbook" para os experimentadores (radioamadores). Era muito difícil (impossível mesmo) saber exatamente quantas estações trabalhavam sem qualquer regulamentação naquela época... porém as estimativas apontam que as "maiores" estações (i.e. aquelas capazes de comunicar além de 10 milhas) eram aproximadamente 600, enquanto que as "menores" (que conseguiam alcançar de 1 a 6 milhas eram provavelmente umas 3.000.

Por esses motivos é que acreditamos e dizemos que o começo do Radioamadorismo aconteceu no ano de 1.908. Não há nenhuma dúvida de que o Padre Landell de Moura tenha sido o primeiro radioamador. O difícil será determinar o segundo radioamador. Sem licenciamento, regulamentação ou registros, dificilmente encontraremos uma decisiva resposta para essa questão. No entanto podemos citar o nome de W.E.D. Stokes Jr. que foi um dos fundadores e Presidente número-1 do Primeiro Clube de Radioamadores – O Junior Wireless Club, na cidade de Nova York – USA em 2 de Janeiro de 1.909. Outros membros fundadores que podem reclamar pelo título de segundo radioamador são George Eltz, Frank King, e Fred Seymour. No mesmo ano, a Wireless Association of América, e o Radio Club of Salt Lake City, foram criados. Durante o ano de 1.910 os clubes de comunicação sem fio espalharam-se pelos USA, e o primeiro "callbook" foi publicado. Tendo em vista que nesse período não havia qualquer regulamentação, os indicativos de chamada listados no "callbook" eram escolhidos pelo próprio operador... isto nos remete a uma outra questão interessante; como surgiu a palavra ou sigla "ham"? Nesta época, havia uma estação fenomenal com um transmissor de 5KW que podia ser escutada durante o dia e a noite em distâncias superiores a 500 milhas. O operador desta estação usava as iniciais de seu nome – HAM.

O Radioamadorismo continuou crescendo. No ano de 1.911, a "Modern Electrics" já tinha uma circulação de 52.000 exemplares e os radioamadores já somavam 10.000 no país. Com milhares de estações transmitindo, radioamadores e comerciais, as interferências tornaram-se um problema sério especialmente para as comunicações marítimas.

Os navios, devido ao comprimento restrito das suas antenas, estavam limitados às freqüências entre 450 e 600 metros (660 a 500 kHz). Como vimos, uma única estação de faísca poderia ocupar todo este "spectrum". Assim, era imperativo que todas as estações cooperassem e ficassem em "stand by" enquanto as outras estavam transmitindo. Lamentavelmente muitas vezes este não era o caso. Vale salientar que havia interferências entre as estações de radioamadores e as estações comerciais e muitas vezes entre as próprias estações comerciais de diferentes companhias. Uma loucura total! Incentivado e estimulado pela Marinha (a qual utilizava antigos e ineficientes equipamentos e porisso sofrendo de excessiva interferência), o Congresso começava a preparar uma regulamentação para as comunicações sem fios. Foi quando um grande acidente aconteceu que rápida e dramaticamente alterou o "spectrum das comunicações sem fio".

titanic-foto.jpg (27187 bytes)

No dia 15 de Abril de 1.912, o R.M.S. Titanic bateu num "iceberg" no Atlântico Norte e afundou. Graças às comunicações via rádio e ao primeiro SOS da história, 713 vidas foram salvas. No entanto foi argumentado que o número de sobreviventes poderia ter sido maior, se já estivesse aprovada uma regulamentação nas comunicações sem fios. Era uma segunda-feira, 15/Abril/1.912, às 12:30. "A Máquina do Tempo" (o rádio) está dentro do Titanic no Atlântico Norte, em 41 graus 46´Norte, e 50 graus 14´ Oeste.

O majestoso navio, o maior e mais luxuoso do mundo em sua viagem de inauguração. O TITANIC, equipado com uma estação Marconi de 5KW, e dois operadores cansados que ganham US$20 por mês, não como empregados da Companhia do Navio, mas como empregados da Companhia Marconi. A caixa das mensagens recebidas estava cheia de mensagens, vários telegramas do pessoal do mercado de ações. Eles estavam tão ocupados comunicando com Cape Race, Terra Nova, que nem sequer notaram um ligeiro som estridente.

Quando os dois operadores da estação de rádio, Jack Phillips e Harold Bride, passavam tráfego de rotina, o Capitão entrou e lhes disse: "senhores, o navio se chocou com um "iceberg" – enviem mensagens de perigo e socorro rapidamente". A "faísca azul" saltava através do vácuo enquanto Jack enviava "CQD" (venha rapidamente, perigo!).

titanic-pict01_leaving01.jpg (20403 bytes)

"Envie SOS" disse Harold, "esta é a nova mensagem e talvez seja a nossa última oportunidade de enviá-la". Assim começou o momento histórico que mudou o rádio. Duas horas mais tarde, Jack Phillip e mais de 1.500 passageiros estavam mortos, o "Titanic" pousou no fundo do oceano e 713 sobreviventes amontoados nos seus salva-vidas esperavam por socorro, em alto mar. Os erros trágicos na hstória do "Titanic" mostrou a necessidade urgente de regulamentação para as comunicações via rádio. O primeiro navio a responder ao sinal de perigo foi da German Liner, o "Frankfurt".

     

titanic-radioroom.jpg (94022 bytes) titanic-operadoresradio-salaradio.jpg (33791 bytes)
 titanic-JohnGPhillips-HaroldBride.jpg (46600 bytes)

Enquanto o operador das comunicações do "Frankfurt" informava ao seu capitão, os navios "Carpathia" e "Cape Race" mantinham-se em contato. Quando o operador do "Frankfurt" voltou a pedir mais informações, Phillip respondeu "CALE-SE, CALE-SE, STAND BY e MANTENHA-SE FORA". Isto parece bizarro para os nossos padrões, mas fazia perfeito sentido para os operadores da época (ano 1.912). Os navios "Titanic", "Carpathia", e "Cape Race" eram equipados com estações e telegrafistas da Marconi, enquanto o "Frankfurt" utilizava os serviços da Telefunken que era Alemã e grande concorrente da Marconi naquele país. Esta guerra comercial estendia-se aos próprios operadores. NUNCA tráfego de rotina passaria de uma estação Marconi para a rival, nem mesmo numa emergência!

As controvérsias nas comunicações continuariam mesmo depois que o "Carpathia" recolheu os sobreviventes. Uma comunicação foi recebida, supostamente do "Carpathia", a qual dizia: " TODOS OS PASSAGEIROS DO NAVIO "TITANIC" FORAM TRANSFERIDOS COM SEGURANÇA PARA O "S.S.PARISIAN". MAR CALMO. "TITANIC" SENDO REBOCADO PELO NAVIO "VIRGINIAN DA ALLEN LINER, PARA O PORTO". Outras mensagens apareceram, também dizendo que TODOS os passageiros estavam salvos e o navio estava sendo rebocado. Havia só um problema – estas mensagens não estavam vindo do "Carpathia". A razão era simples: as suas comunicações tinham um alcance máximo de apenas 150 milhas. Por outro lado, o operador de comunicações do "Carpathia" fez somente algumas transmissões para o "Olympic" (navio irmão do "Titanic"), nas quais ele telegrafou a lista dos sobreviventes e algumas mensagens de Bruce Ismay - Presidente da White Star Lines e em seguida desligou sua estação. Tão completo era o silêncio do rádio do "Carpathia" que eles recusaram a responder às chamadas dos navios da Marinha Americana enviados para o local pelo Presidente dos Estados Unidos Sr. William Howard Taft. A White Star Line, dona do "Titanic", estava ainda insistindo que todos os passageiros estavam salvos e o navio não havia afundado. Mas enquanto ela fazia estas falsas declarações, a cúpula da empresa sabia de todos os horríveis detalhes que já haviam sido informados pelo "Olympic". Mas o resto do mundo também soube de toda a história graças a um operador de 21 anos chamado David Sarnoff, que conseguiu detectar um sinal muito fraco do "Olimpic". Confrontados com a verdade, caçado por milhares de repórteres e afrontados pelos parentes dos passageiros, os oficiais da White Star Liner finalmente sucumbiram e revelaram tudo. Entretanto, o "Carpathia" rumou em direção à cidade de Nova York. Quando o navio passou ao alcance das estações costeiras, aconteceram frenéticas tentativas de comunicação por radioamadores e autoridades, mas o silêncio no rdio do Carpathia era total e absoluto.

titanic-1.jpg (9573 bytes)

No Porto de Nova York, o "Carpathia" foi procurado pelo Senador William A. Smith do Michigan, um sensato Populista e Presidente da comissão de investigação de desastres marítimos. Ele imediatamente intimou todos os envolvidos, incluindo Harold Bride e Harold Cottam, operador das comunicações do "Carpathia". O próprio Marconi que estava nos Estados Unidos, (ele estava planejando regressar à Inglaterra no "Titanic"), foi também intimado a comparecer . Os depoimentos revelaram as informações acima e ainda mais grave foi o fato do "Californian" estar justamente a 10 milhas do "Titanic". Não somente o "Californian" não mantinha um operador de radio 24 horas de serviço, como o capitão do navio ignorou os 8 foguetes de perigo lançados pelo "Titanic".

O Senador encontrou a causa do silêncio das comunicações do "Carpathia" – foi o próprio Marconi. Ele enviou mensagens via radio para Bride e Cottam dizendo "MARCONI COMPANY TOMA BOA CONTA DE SI - MANTENHA A SUA BOCA CALADA - SEGURE A SUA HISTÓRIA - VOCÊ RECEBERÁ UMA GRANDE QUANTIDADE DE DINHEIRO - AGORA TERMINO". Isso confirmou que Marconi tinha um acordo com o New York Times para a exclusividade da História. Assim, informações essenciais para os desesperados parentes e inquéritos oficiais do Presidente foram um revés para os interesses de Marconi. Quando Marconi se apresentou para depor, o Senador Smith agarrou-se nele com surpreendente veemência. Marconi que havia sido celebrizado pela nação, era agora tratado pelo Senador como um empreendedor qualquer que punha o lucro acima do interesse publico. O Senador Smith foi avisado que o seu ataque a um homem tão popular como Marconi era um suicídio político, mas ele não se importou. Na sua obsessão em acreditar que a demora na regulamentação no "spectrum" das comunicações era para beneficiar a Empresa de Marconi, ele o descreveu como sendo um homem disposto a submeter um bem publico ás suas metas de monopólio de equipamentos e do "spectrum". O Senador Smith usou as declarações sobre o "Titanic para condenar o uso e abuso do atual estado das comunicações e apelou para uma regulamentação internacional de rádio.

          Em 18 de Maio de 1.912, o Senador Smith introduziu um decreto no Senado. Entre as suas propostas:

Navios transportando 50 passageiros ou mais deveriam ter radio comunicações com um alcance mínimo de 100 milhas;

Os equipamentos de radio comunicações devem ter uma alimentação auxiliar para poder operar até a sala das comunicações estar debaixo de água ou destruída;

Dois ou mais operadores deveriam prestar serviço continuo dia e noite. Em resposta para as interferências geradas ao longo dos anos, e especialmente quando o "Carpathia" estava dentro do alcance, uma condição foi colocada: "estações particulares não poderiam usar comprimentos de onda superiores a 200 metros, exceto com permissão especial". Cada Governo, Marinha ou estação Comercial poderia ser autorizada a operar numa determinada freqüência, com potência e horas determinadas de operação. A legislação inicial considerou a eliminação de todas as estações particulares, não comerciais (i.e, radioamadores), mas o Congresso ponderou que poderia ser difícil e custoso fazer cumprí-la. Um fato bem conhecido era que comprimentos de ondas longas eram os melhores, e as freqüências abaixo de 250 metros não tinham utilidade, exceto para comunicações locais, por isso foi decidido conceder os 200 metros aos radioamadores onde eles poderiam trabalhar 25 milhas no máximo.

A lei do Radio de 1.912 estava completamente obsoleta já pelos anos de 1.920. Concebida numa era da onda longa e onda média para telegrafia de faísca, a Lei estava totalmente inadequada quando chegou a broadcasting e as ondas curtas. O Departamento do Comércio tentava prolongar a Lei para as novas exigências. As regulamentações de 1.922 a 1.924 que baniam os radioamadores de transmitir música e enviou-os para as bandas de 160, 80, 40, 20, e 5 metros, realmente nada mais que um "acordo de cavalheiros", válido até não serem incomodados...  Por um longo tempo isso funcionou, os radioamadores entusiasticamente ocuparam as suas novas bandas e começaram a se comunicar com o mundo, enquanto o numero de estações que transmitiam música na nova região de 550 a 1.500 saltou de 30 para quase 600 em apenas 3 anos. Os avanços técnicos não acompanhavam este crescimento e os problemas voltaram a aparecer. Os transmissores controlados a cristal estavam ainda longe de serem construídos e a instabilidade das "broadcastings, que desviavam das suas freqüências, interferiam as outras estações adjacentes. Até mesmo estações fora dos 400 a 600 ciclos poderiam causar "heterodinagens" (sinais resultantes da mistura de duas freqüências). A maior parte dos receptores fabricados em 1.920 ou eram regenerativos ou TRF (Radio Freqüência Sintonizada), bons em sensibilidade e pobres em seletividade. Como resultado, em 1.920 a onda média estava saturada com somente 600 estações. Compare que hoje a onda média com rígido controle de freqüência de 20Hz, antenas direcionais e receptores heterodinos de alta seletividade, permite que mais de 4000 estações ocupem a banda de AM sem interferências. O Departamento do Comércio, por essa razão, emitiu regulamentação compartilhando horarios (onde duas ou mais estações ocupavam a mesma freqüência em diferentes horas do dia) e somente operações durante o dia. Estações estavam constantemente mudando para outra freqüência, ou eram solicitadas a baixar a potência de tranwsmissão, para diminuir as interferências. O Departamento do Comércio também intimava as estações cuja freqüência do transmissor "deslizava" para os canais adjacentes e aplicava penalidades. Um interessante exemplo disto foi a estação de Los Angeles "Sister" da Aimee Semple McPherson, uma igreja evangelista que era líder da International Church of the Foursquare Gospel: Era notório o deslizamento da freqüência do seu transmissor para cima e para baixo na banda AM. Quando os Inspetores Federais de Radio tentaram mantê-la na freqüência, os proprietários da estação escreveram ao Secretário Hoover, exigindo que os "Seguidores do Diabo" ficassem longe do seu transmissor. O Todo Poderoso é que escolhia o seu comprimento de onda, eles escreveram, não o Departamento do Comércio.

coesor-tubolimalha.jpg (40236 bytes)

Muitas estações que tinham sido movidas ou informadas para reduzir a potência do transmissor, ou ainda compartilhar as suas freqüências fizeram o que qualquer patriota Americano poderia fazer – "contrataram um advogado". Uma vez que as lutas judiciais começaram, muita coisa veio à luz. Artigo I, Seção 8, da Constituição permite ao Governo Federal regular o comércio ENTRE OS ESTADOS. Além do mais, era um fato aceito que uma Agencia Federal não podia fazer regulamentação, a menos que lhe fossem dados esses poderes pelo Congresso. Assim, os advogados para as estações que reclamavam e desafiavam as regulamentações do Secretário atacavam em duas frentes, primeiro, que a Lei do Rádio de 1.912 não deu autoridade ao Departamento para regulamentar as estações de broadcasting, e segundo, desde que muitas estações não poderiam ser ouvidas passando as fronteiras do estado, não havia comércio "entre estados", portanto não havia jurisdição Federal. (Isto era o argumento usado pela "Radio Livre Berkley" e outras estações piratas de baixa potência). O Dia do Ajuste de Contas chegou em 1.926 quando um Tribunal do Distrito de Illinois declarou que não havia Lei Federal que permitisse ao Secretario do Comercio emitir licenças para estações de música ou designar freqüências. O Procurador Geral admitiu que o Governo Federal não tinha o controle sobre o rádio, exceto o que era autorizado pela Lei do Radio de 1.912. Foi um verdadeiro pandemônio! As estações, liberadas do controle Federal aumentaram suas potências, mudaram as freqüências, e/ou passaram a transmitir durante todo o dia. As estações pequenas foram postas fora do ar. Estações sem licenças apareciam de todos os lados, escolhiam qualquer freqüência e transmitiam música. A anarquia era total.

Os radioamadores poderiam legalmente ter se juntado a esta verdadeira orgia de RF, nada impedindo de voltarem a transmitir música, movendo-se para outras freqüências, exceder o limite de 1 KW, ou qualquer coisa que desejassem fazer. Para seu crédito eles nada fizeram. Uma razão para isso era o imenso respeito que tinham pelo Secretario Hoover, um homem que várias vezes publicamente defendeu os radioamadores de todas as maneiras possíveis. Eles poderiam ter renunciado ao "acordo de cavalheiros" que fizeram com ele. A outra razão era o senso comum... Eles sabiam que o Congresso brevemente corrigiria os problemas aprovando um nova e apropriada legislação. Os "broadcasters" eram "big boys" com bastante dinheiro, com grandes empresa e 6 milhões de ouvintes; eles podiam desobedecer ao espirito da lei, sem qualquer problema. Os radioamadores não podiam dar-se a esse luxo. Eles concluíram que qualquer violação aos acordos de 1.922 e 1.924, mesmo que legalmente eles pudessem ser descumpridos, poderiam custar a falta de apoio político. Assim, enquanto o segmento de 550 a 1.500 Khz estava livre para todos, as bandas dos radioamadores estavam ordeiramente disciplinadas com os radioamadores, mestres na arte do controle a cristal e habilidades operacionais, operando tranquilamente.

Incidentemente, uma das áreas nas quais essas se necessitava destas habilidades eram as expedições. Do Ártico ao Antártico, de MacMillan a Byrd, amadores forneceram as comunicações com o conhecimento e habilidades necessários. Também, em áreas de emergência, os radioamadores forneceram comunicações durante tempestades de neve e gêlo, furacões, tremores de terra e enchentes. O Governo Federal rapidamente terminou com a caótica situação na banda da broadcast. A Lei do Rádio de 1.927 foi aprovada em 23 de Fevereiro. Esta lei definiu o "radioamador", pela primeira vez num estatuto Federal, e criou o Federal Radio Commission, ao qual foi dado o poder para classificar e regularizar todos os aspectos de todas as estações de radio visando "o interesse publico, conveniência ou necessidade". Penalidades criminais foram previstas na Lei de 1.927 e entraram imediatamente em vigor.

A comissão imediatamente começou a trabalhar e "Os seguidores do Diabo" puseram a estação Sister Aimee na freqüência, lacraram o transmissor KFKB, a estação do "Dr. John Brinkley", graduado da Escola Médica Eclética e proponente de operações à próstata e (acredite se quiser) o transplante de glândulas de cabra para curar todas as doenças. Pacientes aos milhares ouviam a sua broadcast KFKB, e multidões chegavam a Kansas para serem operados. Depois que a Comissão fechou a sua estação, o "Dr. Brinkley"   foi para o México perto da fronteira com o Texas, montou a sua nova estação de 150.000 watt, e continuou as suas operações fraudulentas. Em agradecimento aos radioamadores, a Comissão manteve a mesma situação para os 15.000 hams (radioamadores) existentes na época. Todos os acordos e regulamentações decretadas pelo Departamento do Comercio foram mantidas e incorporadas nas regulamentações correntes. Uma única mudança foi implementada: adição da letra W ao prefixo das suas estações de radiomamdores, assim 1AW virou W1AW, 1JS virou W1JS, etc. No entanto, a existência da simpática Comissão e regulamentações amigáveis não eram suficientes. O rádio era verdadeiramente internacional, e, como resultado, uma Conferência Internacional Radiotelegráfica estava marcada em WASHINGTON, D.C., para dia 4 de Outubro de 1.927. A palavra era conseguir a adesão dos governos da Europa e Médio Oriente que eram contra os radioamadores. Para concluir, é bom todos saberem que a história do Rádio se confunde com a história de vários personagens que muito contribuíram para que hoje possamos ligar a nossa TV em casa e assistir a um programa que está sendo transmitido ao vivo por exemplo do Japão. Desde Willian Gilbert que no ano de 1.600 inventou o eletroscópio realizando estudos sobre magnetismo até Lee De Forest ao qual é atribuída a primeira transmissão de ópera pelo rádio, dezenas de pessoas ao longo de centenas de anos, participaram desta descoberta que revolucionou o século vinte, aproximando, divertindo, informando e salvando milhões de pessoas ao redor do mundo.

faraday11.jpg (6703 bytes)       thomas-edison11.jpg (7014 bytes)

Não podemos deixar de mencionar Michael Faraday, grande sábio inglês que descobriu em 1.831 a indução magnética assim como a grande contribuição dada por James C. Maxwell que descobriu matematicamente a existência das ondas electromagnéticas, diferente somente em tamanho das ondas de luz, mas com a mesma velocidade ( 300.000 ) trezentos mil quilômetros por segundo. Outro personagem que marcou a história das comunicações foi Thomas A. Edison quando em 1.880 descobriu que colocando-se em uma ampulheta de cristal um filamento e uma placa de metal separadas entre si e, ligando-se o filamento ao negativo de uma bateria e a placa ao positivo, constatava-se a passagem de uma corrente elétrica da placa para o filamento e nunca em sentido contrário. Grande contribuição foi dada pelo professor alemão Henrich Rudolph Hertz que comprovou na prática em 1.890 a existência das ondas electromagnéticas, chamadas hoje de "ONDAS DE RÁDIO". Suas experiências basearam-se na teoría de Maxwell. Hertz descobriu que ao fazer saltar uma chispa em seu aparelho oscilador, saltavam também chispas entre as pontas de um arco de metal colocado a certa distância denominado resonador. Hertz demonstrou com essa experiência que as ondas electromagnéticas tem a mesma velocidade que as ondas de luz. Em sua homenagem, as ondas de rádio passam a ser chamadas de "Ondas Hertzianas", usando-se também o "HERTZ"como unidade de freqüência. Muitos personagens da história do rádio contribuíram para o aperfeiçoamento da transmissão e recepção dos sinais electromagnéticos. Assim temos o Professor Pupim que em 1.887 descobriu a "Sintonía Elétrica" usada em quase todos os aparelhos de rádio. Branly que em 1.892 descobriu seu famoso "COHESOR"; Popoff que idealizou uma forma de agregar um vibrador elétrico ao cohesor de Branly melhorando seu funcionamento. Eis que surge em 1896 Guglielmo Marconi, utilizando um oscilador tipo "Hertz" e um cohesor de "Branly-Popoff", realizando a transmissão e recepção de sinais a pequena distância. Marconi colocou em prática as teorías, idéias e descobertas de Tesla, Faraday, Maxwell, Edison, Hertz, Branly e Popoff.

   popoff.jpg (9053 bytes)   maxwell.jpg (14832 bytes) 

Corria o final do século-19 e grandes descobertas estavam sendo realizadas, em curto intervalo de tempo em todo o mundo no campo das comunicações, envolvendo a perspectiva de ganho de grandes fortunas assim como o interesse de certos países em manter em segredo, para uso militar, os inventos de seus cientistas e pesquisadores. Desta forma é muito difícil afirmar com absoluta certeza quem foi o inventor do Rádio. Existe uma corrente mundial que concede esse crédito a Guglielmo Marconi, porém não podemos nos esquecer do físico russo Alexander Stepanovitch Popov (1.859-1.906) que no dia 7 de maio de 1.895, transmitiu, recebeu e decifrou a primeira mensagem telegráfica sem fios com sucesso. O cientista russo Alexander Popov tinha enviado uma mensagem de um navio da Marinha russa distante 30 milhas no mar, para seu laboratório em St. Petersburg - Rússia. Era um feito incrível, mas o mundo não tomou conhecimento. A intenção da Marinha russa era monopolizar esta tecnologia poderosa, incitando Popov a não dar qualquer notícia de suas descobertas. Considerado como um fantástico segredo de estado, Popov perde qualquer chance de fama mundial.

Comete-se uma injustiça a um cientista brasileiro o Padre Roberto Landell de Moura, predecessor de Marconi e de todos os outros. Suas teses, firmadas antes de 1.890, previram a "telegrafia sem fio", a "radiotelefonia", a "radiodifusão", os "satélites de comunicações" e os "raios laser". No ano de 1.900, enquanto o grande feito de Marconi não ultrapassava a distância de 24 quilômetros, o Padre Landell de Moura obtinha do governo brasileiro a carta patente nº 3.279, reconhecendo-lhe os méritos de pioneirismo científico universal na área das telecomunicações. Em 1.901, o Padre Landell de Moura, embarcou para os Estados Unidos e em fins de 1.904, o The Patent Office at Washington concedeu-lhe três cartas patentes: para o telégrafo sem fio, para o telefone sem fio e para o transmissor de ondas sonoras. Poderia se considerar o Padre Landell de Moura o precursor nas transmissões de vozes e ruídos outros. Suas patentes afirmam isso. No século vinte, acontece o grande salto nas descobertas e modernização, quando em 1.904 John Ambrose Fleming, grande cientista britânico inventa a válvula elementar, conhecida como "Válvula de Fleming" que era constituída de Placa e Filamento. Baseado nas descobertas de Fleming, o Dr. Lee De Forest constrói em 1.905 a válvula Audion que transformou por completo a indústria do rádio. Essa válvula se compunha de Filamento, Placa e Grade, substituindo os transmissores de chispas de Marconi por essa nova tecnologia. Assim, transmitia-se não só os sinais como também a voz e a música pelas ondas Hertzianas. Coube a De Forest a honra de ter sido o primeiro a transmitir música de ópera pelo rádio diretamente de sua estação na California. Ele foi o primeiro a transmitir programas humorísticos pelo rádio. Com o fim da Primeira Guerra Mundial, a indústria americana Westinghouse ficou com um grande estoque de aparelhos de rádio fabricados para as tropas na guerra. A radiodifusão nasceu meio por acaso, quando instalou-se uma grande antena no pátio da fábrica para transmitir música, e por meio desse "Marketing", comercializar os aparelhos "encalhados" para os habitantes do bairro. Desta forma a Westinghouse Eletric Co. tem a honra de ter promovido a primeira difusora comercial do mundo, a bem conhecida "K. D. K. A." de Pittsburgh. Ela começou a funcionar regularmente em 1.920 e desde então, dia após dia vieram crescendo o número de estações de rádio pelo mundo.

(A reprodução deste texto está autorizada desde que a autoria seja preservada e mencionada - Direitos Reservados:  Marcus Martins - PY4SM / PY2DD)

  Veja tambem : Dxismo - Rádio Escuta - Rádios pelo Mundo