* * P O E S I A S * *


* * M E D O * *

Tenho traços do silêncio,

peito cheio de sentimentos

boca calada pelo turbilhão.

Tanta coisa para falar

Por que nada é dito?

O que cala minha voz?

Os sentimentos, acho que não

Talvéz o medo, mais provável

do que vier a ser dito ser não ser correspondido, ser malfalado

até mesmo ironizado, ridicularizado.

Mas hoje não tenho mais este medo,

pois só o papel me observa

Escrevo pois tudo o que não foi dito,

o que o medo não permitiu.

Falo de amor, paixão, ilusão...

com a liberdade que não tinha,

ou não usava.

Mas na boca continua o silêncio,

nada dito, mas escrito e o coração aliviado.


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10 de março de 2003