Gazeta Esportiva.NET - 19/07/2004

- Nossa Nota: O Pessoal do Blog "Jogos Perdidos" (Clique) sempre dá destaque aos erros da imprensa, e nós, nessa matéria do Gazeta Esportiva.NET ficamos impressionados com a quantidade de erros de informação que eles cometeram, entre esses erros, alguns grotescos, como afirmar por várias vezes que o São Bernardo surgiu do Aliança, na década de 80! Um absurdo! Quem conhece futebol, sabe que o Aliança Clube, de São Bernardo, se fundiu com o E.C.São Bernardo na década de 80 e deixou de existir... Entre outros erros... Bom, leiam a matéria:

São Bernardo, o último santo do ABC quer o paraíso:

(Transcrevemos o que diz respeito ao E.C.São Bernardo, o Palestra tá bem mais na mídia do que a gente)

Parte1: Nos anos 70 e 80, a região do ABC - Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul - balançava com a rivalidade entre seus clubes. O Santo André, o Aliança (que virou E.C. São Bernardo) e o Saad (depois de 1989, o São Caetano) figuravam à sombra dos grandes clubes do estado, proporcionando entre si clássicos sempre cheios.

Já nos primeiros anos do século XXI, o panorama mudou. O São Caetano, atual campeão paulista, duas vezes vice brasileiro e vice da Libertadores em 2001, é uma potência nacional. O Santo André, campeão da Copa do Brasil, só não está próximo da primeira divisão do Brasileirão porque perdeu 12 pontos no STJD. Em São Bernardo, a situação é bem mais modesta.

Maior centro industrial da região, a cidade de São Bernardo do Campo tem mais de 720 mil habitantes e um PIB (Produto Interno Bruto) superior a R$ 1 bilhão. Os investimentos no futebol, no entanto, passam longe do que é costumeiro em cidades grandes brasileiras. Boa parte devido à situação de seus clubes.

O Esporte Clube São Bernardo começou a descer a ladeira em 1989, quando o seu presidente, o deputado Felipe Cheidde, teve o mandato cassado pelo número excessivo de faltas no Congresso Nacional (compareceu a menos de um terço das sessões). Naquele ano, o clube fazia a sua oitava temporada seguida na série A-2 paulista, das quais por quatro vezes chegou perto da primeira divisão.

A cassação de Cheidde, ex-meia do Fluminense, coincidiu com o rebaixamento do clube para a terceira divisão, onde permaneceu por dois anos até cair novamente. Em 1993, veio o grande momento do clube. Auxiliado pelo zagueiro Luís Pereira, no alto de seus 44 anos, o São Bernardo se tornou campeão da B-1. A foto do time, "campeão da 2ª divisão", permanece afixada na parede da sede.

Em 1994, o time voltaria a descer de divisão, e em 2001, após terminar os 28 jogos com três empates e 25 derrotas, cessaria as atividades profissionais, que promete retomar em 2005.

Não muito distante da sede do São Bernardo, o Palestra defende as honras da cidade na série B-1, de onde tenta subir desde 1998. Neste ano, quando quatro sobem para a A-3 de 2005, o time se classificou para a fase final, onde conquistou apenas um ponto após quatro jogos, e ainda foi punido com a perda de seis pontos por um erro da arbitragem, que confundiu o sobrenome de um de seus jogadores. O time recorreu e está confiante no resultado, que sai no dia 26.

Sobre Estrutura:

A Prefeitura cede para treinos o estádio Baetão, com capacidade para 6 mil lugares. "Se terminasse as reformas no 1º de Maio, o estádio iria a 35 mil lugares e poderia receber jogos do Santo André na Libertadores", comenta o supervisor de futebol do E. C. São Bernardo, Jurandir Martins.

Sobre Patrocínio:

Os clubes de São Bernardo sonham com um patrocínio que os dê condições de contratar, ou ao menos dar melhores condições aos seus jogadores. O sonho de ambos é uma das grandes empresas da cidade, como a fábrica de automóveis Wolkswagen.

"Temos alguma ajuda, estamos tentando um grande patrocinador, que já está 80% fechado", afirma o diretor de futebol do Palestra, Jose Roberto Diniz, que não confirma nem nega se o negócio é com a empresa alemã.

"As nossas portas estão sempre abertas", declara o supervisor de futebol do E. C. São Bernardo, Jurandir Martins. "Em sete anos, três grupos japoneses, um coreano, um alemão e outros nipo-brasileiros apareceram para arrendar o time, com a condição de que as dívidas e problemas que aparecessem fossem de responsabilidade do clube, que teria de responder na Federação", revela o dirigente

"Prometem obras faraônicas, com quatro campos de treinamento, alojamento para cem pessoas, departamento médico, dentista. No mês passado foi a (empresa coreana) Samsung. Mas aí eles não têm dinheiro para acabar. Vêm aqui, contraem dívidas, param na metade, viram as costas e vão embora", lamenta Martins.

A rivalidade entre os clubes às vezes torna-se um empecilho na busca por investimentos financeiros, mas ambos os lados negam a falta de vontade. "Sempre teve rivalidade, mas não tenho nada contra unificar as forças se quiser se ajudar, para crescer os dois, desde que não perca a personalidade", declara Diniz. "Sempre reivindico ajuda para os dois clubes junto à Prefeitura", afirma Martins.

O presidente do Palestra, Fábio Antônio Cassetari, acha fundamental o acesso do time à Série A-3 para que se atraia interesse. "Quem vai patrocinar a B-1, qual a visibilidade?", argumenta o dirigente do clube, que tem como patrocinadores uma rede de supermercados e um bingo. "Seis, sete anos atrás, ninguém falava do São Caetano, agora olha onde ele está". A média salarial da Série B-1 é de R$ 20 mil.

"Falta apoio como tem o Santo André e o São Caetano", comenta o goleiro Gustavo, do Palestra. "Se cada empresa ajudasse um pouquinho, o clube estaria melhor, teria maior chance de dar certo". Mesmo pensamento tem o técnico Rotta. "Se todo mundo ajudasse isso aqui seria forte, com o estádio que tem aqui, a potência que é essa cidade. São Bernardo merece ter um time grande."

"E.C.São Bernardo, pela ressureição" (Bons Erros de pesquisa)

Antigo Aliança, o E.C. São Bernardo surgiu em 1983, e teve a sua fase áurea até 1989, quando caiu de divisão. Em 2001, após sair derrotado em quase 90% das partidas, foi eleito o pior clube do país. O baque foi grande e o clube encerrou as atividades profissionais.

"Voltaremos no segundo semestre para disputar o Campeonato da segunda divisão Sub-20", afirma o supervisor de futebol Jurandir Martins. "Precisamos voltar de qualquer maneira, senão o time desaparece".

A equipe está treinando há cinco meses. De 600 garotos, entre 15 e 20 anos, Martins selecionou 25, mas o número ainda vai diminuir. "A princípio o clube não dará nada para eles, já que eles que nos procuraram, mas iremos reivindicar ao presidente da FPF uma ajuda de custo", explica o dirigente.

"O clube vive em função do presidente", diz Martins, referindo-se ao deputado o deputado Felipe Cheidde. A sede, que já ocupou todo o quarteirão da movimentada Rua Marechal Deodoro, agora se vê reduzido a um escritório e o ginásio, pois locou o resto do terreno para lanchonetes e comércio. "O ginásio está desativado. Tivemos proposta de transformar em igreja evangélica, feira de móveis, proposta até da Liga Futsal, mas é perigoso, o público quebra tudo", declara o supervisor.

Bons tempos - "Ficamos dez anos disputando as primeiras colocações da A-2, antiga divisão intermediária", conta Martins, que chegou a levar o zagueiro Antônio Carlos para o clube.

"Eu trouxe o Antônio Carlos quando ele tinha 17 anos, em 1989. Era atacante nas divisões de base do São Paulo, tinha dez jogadores à disposição, fornecidos pelo Juvenal Juvêncio, só consegui ele depois de muito esforço", conta. "No caminho, me disse que estava indo mas achava que tinha condições de ser titular no São Paulo e chegar à seleção brasileira."

"Depois de um mês jogando na meia esquerda, foi buscar a família no Oeste paulista (tinha mulher e filho), sofreu acidente e todos se machucaram. Depois apareceu no clube, disse que não queria mais jogar lá, por problemas particulares, devolveu as luvas e voltou para o São Paulo, onde foi recuando até chegar a zagueiro. Tinha uma grande personalidade."

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